Funcionários merecem respeito

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Em negociação ocorrida no dia 30/10 em São Paulo, entre a COE/Itaú e a representação do banco, os representantes dos funcionários iniciaram registrando um protesto devido a forma arbitrária e antidemocrática em que o banco tenta impor ao seu corpo funcional um aditivo ao contrato de trabalho. Dentre as intenções da empresa consta a de “solicitar autorização para que o banco faça o monitoramento das movimentações financeiras efetuadas nas contas dos funcionários”.


A Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE/Itaú) considera a atitude ilegal, pois visa a quebra da privacidade da movimentação feita pelos funcionários. O banco cedeu a pressão e se comprometeu a reavaliar juridicamente o aditivo que está querendo impor aos trabalhadores.


Outra pauta foi a mudança do Plano de Saúde dos funcionários remanescentes do BankBoston, onde o Itaú mais uma vez tirou da sua caixa de maldades uma proposta em que irá migrar para o plano do conglomerado Itaú. Antes, os funcionários do BankBoston não tinham nenhum custo com seu plano e com essa nova proposta terão que desembolsar 3,5% de seus vencimentos.


Na ocasião, a COE/Itaú discordou essa atitude, pois o banco está extinguindo uma situação mais vantajosa dos funcionários do BankBoston, contrariando o que foi dito pelos representantes do Itaú depois da aquisição, que não haveriam prejuízos para os trabalhadores. “O que queremos é no mínimo coerência entre a prática e o discurso do Itaú, que infelizmente não é o que está sendo demonstrado”, afirma o diretor do Sindicato, representante da FETEC/NE na COE/Itaú, Ribamar Pacheco.


A reunião terminou com um avanço na conquista do auxílio-educação. Antes, a COE/Itaú tinha conseguido junto ao banco a concessão de 1.400 bolsas com valor mensal de reembolso de R$ 320, retroativo a agosto/2007 e que findada as inscrições chegou-se a um total em nível nacional de 1.451 inscrições. Os representantes dos funcionários reivindicaram que o banco estendesse o auxílio a todos que fizeram inscrição, e o banco concordou. Uma nova negociação urgente foi solicitada pela COE/Itaú para discutir as pendências que ficaram em aberto.