Funcionários paralisam atividades na agência Centro por uma hora

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Seguindo a orientação da Contraf-CUT, através da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), o Sindicato dos Bancários do Ceará paralisou, na sexta-feira, 23/3, a agência Fortaleza-Centro durante uma hora. A manifestação faz parte do calendário de protestos contra a decisão do Banco de reduzir a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).


O diretor do Sindicato e coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, explicou à população o motivo do atraso no atendimento ao denunciar a manipulação de recursos do BNB. “Hoje o BNB está mergulhado numa situação em que o dinheiro do povo – que é colocado neste Banco através dos impostos para ajudar no desenvolvimento do Nordeste – está sendo desviado de uma forma vergonhosa para grandes empresários e para grupos políticos que atuam na Instituição”, afirmou.


As denúncias de corrupção já estão sendo investigadas – pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal – e, além de afetar o bolso do contribuinte, atinge também os direitos dos benebeanos. “Os trabalhadores deste Banco, que são apenas 6 mil para atender todo o Nordeste, têm direito a uma mísera parcela dos lucros. E nem isso está sendo pago. Pelo contrário, a direção do BNB está ameaçando que os trabalhadores devolvam a pequena parcela que receberam do primeiro semestre de 2011 para cobrir os rombos dessas falcatruas, que levaram a Instituição a um ridículo lucro de apenas R$ 14 milhões no segundo semestre de 2011.”, disse Tomaz de Aquino, destacando ainda a questão dos passivos trabalhistas que, por conta da má gestão, o Banco não paga.


“O BNB foi criado para gerar emprego, para gerar renda, para fomentar o desenvolvimento da região e funcionar em benefício da população. O dinheiro que ele recebe deve ser muito bem vigiado pelos funcionários, pela Justiça, pela população nordestina. Mas existem pessoas que, infelizmente, ainda acham que o dinheiro público pode ser garfado a todo momento”, disse o diretor do Sindicato, Robério Ximenes, que alertou ainda para a situação da terceirização dentro do BNB, que precariza o trabalho e beneficia o empresariado.


O Sindicato dos Bancários não silencia diante desta situação. O calendário de protestos vai continuar até que todas as denúncias sejam devidamente apuradas e os direitos dos trabalhadores e da sociedade nordestina sejam restabelecidos. Na terça-feira, 27/3, haverá assembleia que poderá decretar uma greve de advertência de 24h. Caso o Banco não reveja a proposta de onerar o funcionalismo e não retomar as negociações, as entidades de classe cogitam uma greve por tempo indeterminado.