Funcionários retardam atendimento no BB Papicu

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Sorvete para ninguém ficar com a cabeça quente! Foi assim que o Sindicato dos Bancários do Ceará deu início a uma paralisação de meia hora na agência do Banco do Brasil do Papicu, na última quarta-feira, dia 21/5. A atividade fez parte da mobilização da campanha nacional Acorda BB, promovida pela Contraf-CUT e sindicatos filiados.


“A nossa preocupação não é prejudicar os clientes e usuários, pelo contrário, queremos a contratação de mais funcionários para prestar um melhor atendimento à população”, esclareceu o diretor do SEEB/CE e vice-presidente da FETEC/NE, Carlos Eduardo.


A Campanha Acorda BB reivindica também o fim da terceirização, menores tarifas e o pagamento das substituições. “O que nós queremos é prestar um atendimento digno à sociedade. Para isso é preciso a contratação de mais bancários, a redução das taxas e dos juros e melhores condições de trabalho para todos os funcionários do BB”, afirmou o diretor Bosco Mota. Ele lembrou que desde a implantação do plano de reestruturação o atendimento à população ficou mais precário e a situação dos funcionários mais difícil. “Não há mais pagamento de substituições, o número de funcionários diminuiu de forma drástica gerando uma precarização do atendimento. Só há um caminho para os funcionários do BB: a mobilização. Só assim conquistaremos o BB que queremos”, finalizou.

O Sindicato denunciou também que com essa gestão temerária, o BB está longe de cumprir seu papel social no desenvolvimento do País. “O BB hoje não tem o perfil de um banco público, de servir ao Estado brasileiro. Atualmente, o banco está quase reduzido a um banco comercial, como qualquer outro banco privado. A função de fomento foi posta de lado e foi priorizado o lucro. E quando o lucro fica em primeiro lugar, o ser humano é esquecido”, alertou Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE e ex-presidente da entidade.


Os diretores destacaram ainda a instalação dos chamados “caixas flutuantes” – caixas que migram de agência de acordo com a necessidade – que, além de prejudicar o atendimento, desmobiliza a organização dos bancários por local de trabalho. Além disso, há o temor dos funcionários quanto à terceirização do setor.