A primeira agência visitada foi a do Bradesco da Rua Floriano Peixoto, que estava funcionando normalmente devido ao interdito proibitório que impediu os bancários da empresa no Estado de entraram em greve. Nela, o “arrastão” permaneceu durante meia hora, embalando os presentes com marchinhas de carnaval. Mas também sobraram dizeres incisivos dos dirigentes do SEEB/CE. O diretor e funcionário do banco, Gabriel Motta, desculpou-se pela barulheira, porém disse que a truculência silenciosa do Bradesco é bem mais perigosa.
Gabriel ganhou a atenção dos clientes ao explicar o andamento das negociações dos bancários com o patronato, sempre relatando que as manifestações, se atendidas, irão beneficiar diretamente cada um deles. “Quem vem ao Bradesco sabe do péssimo atendimento em todas as unidades, das altas tarifas e juros bancários e da insegurança que é submetido. Queremos que isso tudo acabe”. Já aos funcionários do banco, o dirigente declarou que a campanha pela melhoria salarial, por mais contratações e pelo fim do assédio moral continua. “O Bradesco é um dos bancos que mais lucra no País, mas não repõe todo esse dinheiro aos trabalhadores”, acrescentou.
A manifestação promovida pelo Sindicato teve continuação em outra agência do Bradesco, dessa vez na Rua Senador Alencar. Lotada de clientes, a unidade foi surpreendida pela iniciativa da entidade, que percorreu, além do térreo, dois andares do prédio. Se dentro da agência a bandinha dava o tom, fora dela, emboladores e um palhaço divertiam os transeuntes. Cartazes de “Estamos em Greve” também foram afixados e a Tribuna Bancária da semana foi distribuída com clientes.
Posteriormente, o “arrastão” se dirigiu para o Santander da Rua Major Facundo, cujo gerente havia retirado os cartazes reivindicatórios dos bancários pela manhã. Mesmo fechada a agência ganhou especial atenção dos dirigentes sindicais. Encerrando a manifestação, foram visitadas as unidades do Bradesco Iracema e dos Peixinhos, que permaneciam com atendimento normal. Na primeira agência, o diretor do SEEB/CE e funcionário do banco, Telmo Nunes, fez questão de cobrar um posicionamento e uma imediata abertura do canal de negociação por parte da Fenaban.