Greve forte com mobilização dos bancários em todo o País

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No oitavo dia de greve, a mobilização dos bancários continua crescendo no Ceará. Em Fortaleza, o grande destaque desta quarta-feira, dia 6/10, foram dois atos em agências da Caixa, que mantinham alguns serviços funcionando. Depois da intervenção da Comissão de Esclarecimento, as duas agências paralisaram totalmente. Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, que esteve em São Paulo para participar das reuniões do Comando Nacional dos Bancários, a greve está muito forte e há espaço para crescer ainda mais.


Segundo Carlos Eduardo, já temos a maior greve dos últimos 15 anos, com adesão massiva dos bancos públicos no Nordeste e de bancos privados no Sul e Sudeste. “Já enviamos correspondência à Fenaban exigindo a retomada das negociações e agora vamos intensificar a mobilização para defender a vida e o direito dos bancários”.


Na agência da Caixa em Messejana, o diretor do Sindicato, Marcos Saraiva, lembrou mais uma vez que “a greve está forte e que a hora é de intensificar a mobilização, pois a ideia dos banqueiros agora é matar os bancários no cansaço. E isso não vamos deixar”, disse.

GREVE NO BRASIL – A greve nacional dos bancários de 2010 já superou o número de agências fechadas no movimento do ano passado. Na terça-feira, 5/10, sétimo dia da paralisação, 7.437 agências de bancos públicos e privados não abriram suas portas nos 26 Estados e no Distrito Federal.


Em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização da greve. São 910 agências fechadas a mais do que na segunda-feira, um aumento de 14%. Em relação ao primeiro dia da greve, iniciada na quarta-feira, 29/9, o crescimento é de 92,5%. Ainda foram paralisados centros administrativos e outras dependências dos bancos em todo o País.

REIVINDICAÇÕES EM 2010 – Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, mais segurança, previdência complementar para todos e fim da precarização via correspondentes bancários. Os bancos propuseram apenas reajuste de 4,29% (inflação do período) e disseram não às demais reivindicações.