O 13º dia da greve nacional dos bancários, transcorrido ontem, dia 6/10, terminou com paralisações fortes em todo Ceará. Em Fortaleza, nessa terça-feira, apesar dos interditos proibitórios nos bancos privados e da repressão, a Caixa Econômica Federal manteve o percentual de 100% do número de agências fechadas, com massiva participação dos bancários. A paralisação na Caixa atingiu, inclusive, os autoatendimentos, como sendo fundamental e demonstra que a insatisfação atinge trabalhadores de todos os setores do banco.
Na última rodada de negociação com a Caixa, o Comando Nacional só ouviu enrolações, frustrando inteiramente os empregados. Essa lentidão em negociar e a insistência numa proposta rebaixada são provas do descaso e da falta de responsabilidade social do banco com seus trabalhadores. Segundo o vice-presidente da Apcef/CE e diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Rochael Almeida, “não aceitaremos proposta rebaixada, nós exigimos aumento real, PLR maior, garantias de proteção ao emprego e mais contratações, valorização dos pisos salariais e melhorias das condições de saúde, de segurança e de trabalho”, conclui.
O diretor do SEEB/CE, Marcos Saraiva, durante manifestação na agência Praça do Ferreira da Caixa, destacou alguns itens da pauta específica, como a jornada de trabalho de 6 horas para todos os empregados, isonomia de direitos entre os novos e antigos, implementação do Vice-Presidente Representante, eleito pelos trabalhadores, bem como um novo Plano de Cargos Comissionados, dentre outras reivindicações.
A necessidade de mais contratações mereceu um destaque especial em sua fala. “Com a expansão dos programas sociais do Governo, as demandas de trabalho dos funcionários aumentaram sensivelmente. Faz-se necessária a urgente contratação de mais funcionários para dar vazão a toda essa demanda”, disse Marcos Saraiva.
Na agência Pessoa Anta, o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, ressaltou o trabalho da Comissão de Esclarecimento que chegou ao local para garantir a paralisação de todas as atividades daquela unidade, em face da greve. Além disso, com a greve da categoria bancária em curso estar forte, Carlos Eduardo também cobrou uma atuação mais pró-ativa da Caixa junto à Fenaban, contribuindo para a construção de uma proposta que atenda às reivindicações dos trabalhadores.