Grupo ABN-Amro anuncia demissão em massa

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O ABN/Real da Floriano Peixoto foi palco, em 23/5, da manifestação do Sindicato dos Bancários contra as demissões anunciadas em abril pela empresa holandesa ABN-Amro. Serão 2.400 demissões mundialmente, sendo 500 delas na América Latina. Noventa por cento dos funcionários latino-americanos do ABN são brasileiros, o que preocupa os bancários do Real.

Segundo o diretor do SEEB/CE e funcionário do ABN/Real, Eugênio Silva, o banco assegurou que a redução de custos no Brasil seria de uma outra forma, e não cortando postos de trabalho. “Esperamos que o banco oficialize e cumpra de fato o prometido, só assim os funcionários do ABN/Real poderão trabalhar com mais tranqüilidade”, analisa Eugênio.

O dia de manifestação integrou sindicatos de toda a América Latina contra as demissões. No caso brasileiro, as reivindicações ainda abrangem isenção total de tarifas, aumento do quadro de funcionários, melhorias do Plano de Saúde, dentre outros pontos.

No último dia 25/5, a COE ABN/Real e a Contraf se reuniram com a direção do banco, em São Paulo, para debater a questão das tarifas bancárias. Atualmente, os bancários pagam a multicesta de serviços e ainda são cobrados o excedente e outras tarifas não incluídas. A reivindicação é pelo cancelamento da cobrança da mensalidade do RealVisa, da cesta de tarifas, dentre outras.

Os bancários também reivindicam que seja contratado um funcionário a cada 300 contas abertas, já que o banco almeja efetivar mais um milhão de contas. Em relação ao Plano de Saúde, a exigência é de que os funcionários participem da gestão e tenham pais e mães incluídos no Plano. Além disso, os funcionários do banco no Ceará exigem que sejam criados mecanismos de atendimento direto, já que atualmente eles precisam de autorização do Plano em São Paulo para serem atendidos na Unimed de Fortaleza.