O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu em São Paulo, dia 12/7, para debater o afastamento dos trabalhadores e o endividamento dos afastados. Depois de várias negociações em que o movimento sindical reivindicou um canal alternativo de comunicação de afastamento do bancário, o banco estuda a possibilidade de que o próprio trabalhador mande a documentação do seu afastamento pelo aplicativo IUconecta.
O movimento sindical abriu este debate porque, antigamente, o gestor precisava encaminhar a papelada do processo para o setor responsável, o que não deveria ser sua função, já que não é preparado para isso e, em muitos casos, causava problemas. Consequentemente, acontecia atraso na marcação das perícias, o que levava o trabalhador a ficar endividado. Em algumas localidades, este problema persiste.
Outra reivindicação antiga dos representantes dos trabalhadores é o parcelamento da antecipação prevista na cláusula 29. Os representantes do Itaú ficaram de analisar a possibilidade e retornarão no próximo encontro. A reivindicação dos trabalhadores é no sentido de essas pes-soas, ao retornarem ao trabalho, além de ter condições de trabalho melhores, possam ao menos não se preocupar com se vão ter o dinheiro para pagar essas despesas.
CLÁUSULA 45 – De acordo com a cláusula 45, o trabalhador tem sete dias para dar entrada na agência que escolher do INSS. Depois deste período, o banco é responsável pelo encaminhamento do afastamento. Porém, de acordo com denúncias, o banco não tem respeitado este prazo, seja antecipando o encaminhamento ou não fazendo, mesmo depois de 60 dias. A cobrança dos trabalhadores é que o banco siga a cláusula. O Itaú se comprometeu a investigar e vai tentar corrigir essas distorções.
Outra denúncia dos trabalhadores é quanto a declaração do Último Dia Trabalhado (DUT), que tem sido enviada com atraso. O banco garantiu que passou a encaminhar a DUT para o e-mail do gestor, com cópia para o bancário, com as explicações de todo o procedimento.
“O Itaú tem uma lucratividade cada vez mais alta ano a ano. O mínimo que o banco pode fazer é criar um ambiente de trabalho saudável para seus funcionários, inclusive aqueles que estão retornando ao trabalho ou que precisam se afastar para cuidar da saúde”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú