Instalado clima de terror e medo no Banco do Brasil

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A direção do Banco do Brasil instala gestão autoritária, abusiva e perversa para as relações de trabalho, trazendo medo aos funcionários que trabalham inseguros e desestabilizados. Eles temem perder sua função, com consequente prejuízo financeiro e profissional. A presidência do BB vem estabelecendo essa linha de gestão tão autoritária que as vice-presidências de Varejo, a diretoria de Varejo e de Crédito, as Superintendências e os Regionais estão transformando os gerentes do Banco do Brasil em terroristas dos funcionários.


Esse terrorismo já chegou ao Ceará. O Sindicato já recebeu denúncia desse tipo de atitude em várias unidades do BB e até nas  Regionais, que estaria colocando os gerentes como indisciplinados, por não cumprirem  as determinações da direção do Banco de espalhar o terror entre os funcionários. E as denúncias continuam chegando.


O Banco do Brasil está descomissionando os funcionários de forma arbitrária, assumindo uma relação cada vez mais autoritária, desproporcional à sobrecarga de trabalho e de responsabilidades, que os funcionários assumem nas agências. A partir de ameaças, o BB está retirando a função de funcionários, mesmo estes tendo bons resultados, ou mesmo os que vem utilizando dos seus direitos.


A ameaça atinge os funcionários indistintamente, ou porque fizeram greve, ou porque estão utilizando seus  direitos de férias, ou utilizando os seus abonos. Ou seja, é um descomissinamento que não tem nenhuma relação de racionalidade de gestão, de transparência. Isso traz maior instabilidade a já  deteriorada condição de trabalho dos funcionários do Banco do Brasil.


“O combate ao assédio moral é importante, mas a utilização de mecanismos de  gestão para deixar o trabalho bancário cada vez mais exaustivo e sofrido, e sem o reconhecimento dos direitos que os bancários tem, é um absurdo”, garante o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, funcionário do Banco do Brasil.


Carlos Eduardo destaca a luta constante do Sindicato em defesa dos funcionários do BB, lembrando quando o banco descomissionou um gerente, o Sindicato entrou na justiça e obteve vitória; quando o BB descomissionou um dirigente sindical, o Sindicato foi à luta. “Nós batalhamos muito, inclusive com a greve, para resguardar a Convenção Coletiva e o acordo aditivo do Banco do Brasil,  na cláusula que protege contra descomissionamentos arbitrários. A cláusula garante que o trabalhador não pode perder a sua função, a não ser que tenha três avaliações consecutivas negativas”, completou.


Finalmente, denuncia: “o que o Banco do Brasil está fazendo não se justifica, pois está tentando estabelecer  uma relação de indisciplina, insubordinação, falha no serviço, quando percebemos que a orientação é para que os administradores cometam abusos”.