A Contraf/CUT e representantes das Comissões de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e do Unibanco cobraram, no último dia 10/11, a ratificação por escrito do compromisso de que não haverá demissões nos dois bancos, assumido pelos presidentes das instituições, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, ao anunciarem a fusão das empresas. Os negociadores do Itaú e do Unibanco reafirmaram o compromisso, mas não quiseram assinar um documento com as garantias. Por reivindicação dos dirigentes sindicais, as negociações vão continuar.
Segundo eles, a nova instituição financeira pretende crescer ainda mais, inclusive em nível internacional, e contratar mais bancários, mas mesmo assim se recusaram a assumir o compromisso por escrito.
“Estamos em alerta para coibir eventuais demissões no Itaú e Unibanco e continuaremos exigindo garantias de que não haverá cortes de postos de trabalho com a fusão”, conclui o representante da Fetec/NE na COE/ Itaú, Ribamar Pacheco.
FUSÃO – O banco que surgiu da fusão do Itaú com o Unibanco vai responder sozinho por 36% do volume que é movimentado pelo setor de cartões de crédito no País. Considerando as projeções para 2008, que indicam giro de R$ 224 bilhões com os plásticos, nada menos que R$ 80 bilhões viriam dos cartões dos dois bancos juntos. A fusão também vai criar o maior emissor do País, responsável por um terço do mercado. A base seria de 33,5 milhões de cartões, sem contar os 10 milhões de plásticos da bandeira Hipercard, do Unibanco, e ainda os cartões de débito.