Itaú quer manter operadora sem condições de prestar bom atendimento aos funcionários

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O Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde do Itaú (CAPS) realizou na última segunda-feira, dia 18/8, uma reunião com o banco em que foram apresentadas propostas para melhoria dos convênios, com destaque para o plano odontológico da Interodonto.


A reunião foi aberta com uma apresentação sobre o plano de saúde pelo superintendente da área de convênios do banco, expondo o histórico desde a primeira mudança em 2003 até a autogestão em 2005, que é responsável atualmente por 65% (113.274 vidas), enquanto o restante – 35% (60.561 vidas) –, são de operadores do mercado, como a Unimed. O banco informou também que está custeando por liberalidade 50% do valor da mensalidade do padrão executivo para gerentes, superintendentes e especialistas I e II. Os dirigentes se colocaram contra a medida.


O banco ressaltou algumas ações, como o serviço de Home Care, voltado aos pacientes crônicos, e a política de acolhimento aos portadores de HIV. O banco também informou que foram apresentadas melhoras na política de reembolso, que está sendo realizado em até 15 dias em 90,85% dos pedidos feitos. Outra novidade foi à apresentação das novas coberturas e os novos procedimentos indicados pela Agência Nacional de Saúde (ANS), informando sobre a disponibilidade de consultas em especialidades como nutrição, fonoaudiologia e psicoterapia.


Os trabalhadores colocaram novamente em pauta os problemas relacionados ao plano odontológico, principalmente a Interodonto. Foi realizado um levantamento pelo movimento sindical e oito federações apresentaram denúncias e demandas referentes à operadora. A radiografia nacional dos problemas vivenciados pelos funcionários, quando necessitam utilizar o plano, a constatação é de que a Interodonto não tem condições estruturais para dar conta da demanda. O que os representantes dos funcionários exigem do banco é a substituição imediata dessa prestadora, pois a responsabilidade por sua contratação ficou a cargo do banco.


“O que nós queremos é que o banco providencie, o mais breve possível, todas as ações para sanar os problemas do plano e que isso não resulte em mudanças no padrão de atendimento”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e membro do COE-Itaú no Nordeste, Ribamar Pacheco.


Os representantes dos trabalhadores também solicitaram a possibilidade de adesão ao plano odontológico para os bancários que não aderiram ao plano de saúde. A resposta do banco foi que responderá na próxima reunião sobre essa solicitação.


Saúde e condições de trabalho – Na terça, 19/8, aconteceu a reunião da COE Itaú para discutir a saúde e condições de trabalho do bancário, com destaque as conseqüências do afastamento em razão de doenças ocupacionais, o processo de reabilitação e as condições estabelecidas pelo INSS e banco para o retorno do trabalhador.