Livro comparativo dos dois governos dá enorme vantagem a Lula

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Verdade seja dita. Durante os oito anos do governo FHC, muitas vezes a inflação esteve controlada, graças ao Plano Real – seu principal palanque eleitoral. Entretanto, todo o resto começou a desandar, sobretudo quanto aos índices sociais. Se formos olhar para os aspectos das privatizações e da desvalorização do servidor então, o cenário se torna ainda mais crítico. Já nos oito anos do governo Lula recriou-se, sobretudo, o orgulho de ser brasileiro. Os números são sempre animadores e, internacionalmente, o Brasil nunca foi tão bem visto como agora. Na comparação dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1994 – 2002) e de Luiz Inácio Lula da Silva (2002 – 2010), na visão do economista mineiro, José Prata Araújo, fundador do PT e autor do livro “O Brasil de Lula e o de FHC”, não há dúvidas: Lula ganha de goleada.


Na análise, Prata só reconhece um momento de “glória” na era FHC e mesmo assim ainda considera que o crédito não lhe é devido – o Plano Real, que abriu as portas para a estabilização econômica do País e reduziu uma inflação de 2500% para 10%. Para ele, o “Pai” do Real foi o ex-presidente Itamar Franco (PR), mesmo FHC tendo sido o ministro da Fazenda na época. Prata não reconhece a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), dos medicamentos genéricos e muito menos dos projetos de distribuição de renda, base para o Bolsa Família.


Ele afirma que, mesmo petista e defensor de Lula, apresenta comparativos dos dois governos em 85 tabelas simples e análises bastante didáticas que explica os principais números do período nas várias áreas do governo, da economia aos setores sociais. A análise foi feita com base em números irrefutáveis.


Nos anos FHC, o Brasil quebrou duas vezes. Com Lula, o País enfrentou a pior crise nos últimos 30 anos e respondeu de forma positiva.


Além disso, o livro afirma que o Brasil cresceu para dentro, para o mercado interno. O crescimento, segundo Prata, tem relação com a distribuição de renda, com o Bolsa Família, com o aumento do salário mínimo, com os benefícios da previdência, com mais empregos. Ele informa que o País realmente passou por grandes turbulências e não quebrou.