O Santander acumulou um lucro líquido gerencial de R$ 10,824 bilhões no terceiro trimestre de 2019, crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2018 e de 1,9% na comparação com o trimestre anterior, segundo análise realizada pelo Dieese.
O levantamento do Dieese aponta ainda que a rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado – ROE) do banco foi de 21,2%, alta de 1,8 pontos percentuais em doze meses. O lucro no Brasil representou 29% do lucro global obtido pelo banco no período, que foi de € 6,179 milhões, com crescimento de 3% em um ano. Vale salientar que, entre os países, a participação do lucro brasileiro é a maior, seguida da Espanha com participação de 15%.
RECEITA X EMPREGOS – A receita com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias cresceu 11,7% em doze meses, totalizando R$ 14 bilhões, enquanto as despesas de pessoal, incluindo a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) subiram apenas 1,2%, atingindo R$ 7 bilhões no período. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 198,96%. Ou seja, apenas com essa receita, o banco consegue cobrir quase que duas vezes todas as despesas que tem com seus funcionários.
“Esperamos que o esforço para obter esse resultado se reflita na remuneração e valorização dos funcionários e, mais ainda, que o banco aproveite o bom resultado para cumprir a responsabilidade social que toda instituição financeira deveria ter”
Aílson Duarte, diretor do Sindicato e funcionário do Santander