Lucro chega a R$ 2,85 bilhões no 1º trimestre de 2018

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Demissões e redução de salários estão na base do lucro de R$ 2,85 bilhões apresentado pelo Santander apenas nos três primeiros meses de 2018. A alta foi de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A unidade brasileira do banco espanhol é responsável por 27% do lucro global do conglomerado financeiro. De janeiro a março, o Santander registrou aumento de 10% no lucro global, para 2,054 bilhões de euros, na comparação com o primeiro trimestre de 2017.


As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias tiveram alta de 11,5%, chegando a R$ 4,134 bilhões. Apenas com essa receita, o Santander cobre o total de sua despesa de pessoal, incluindo PLR, e ainda sobra R$ 1,8 bilhão. A despesa de pessoal do banco cresceu apenas 4,9%. Se as despesas com PLR forem desconsideradas, a despesa de pessoal teria caído 2% em 12 meses, influenciada pela despesa de remuneração dos trabalhadores que apresentou queda de 8% em relação ao primeiro trimestre de 2017. Esse dado comprova que o banco usa da rotatividade para lucrar mais e aumentar os bônus dos diretores executivos, por meio da demissão e recontratação de funcionários novos com salários mais baixos.


“Foi um lucro construído em cima da exploração dos funcionários e da população brasileira por meio de demissões e contratações com salários cada vez mais baixos e das altíssimas taxas de juros e tarifas cobradas dos clientes”
Ailson Duarte, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará