O Banco do Brasil anunciou lucro líquido de R$ 2,625 bilhões no terceiro trimestre de 2010, alta de 32,7% ante o terceiro trimestre do ano passado e queda de 3,7% na comparação com o segundo trimestre deste ano. O banco também informou lucro descontando efeitos extraordinários de R$ 2,578 bilhões no terceiro trimestre, alta de 46,1% na comparação com o mesmo período de 2009.
O resultado acumulado nos nove primeiros meses deste ano foi de R$ 7,7 bilhões, evolução de 28,5% na comparação com igual intervalo de 2009. A alta do lucro decorre da expansão das operações de crédito, do aumento da receita com prestação de serviços e da contabilização de ganhos atuariais do fundo de pensão dos funcionários do BB, a Previ. O retorno patrimonial do banco foi de 26,2%, mesmo nível do terceiro trimestre do ano passado.
A carteira total de crédito fechou setembro em R$ 365,1 bilhões, expansão de 4,4% na comparação com o segundo trimestre deste ano e de 21,1% em 12 meses. Os empréstimos para pessoas físicas cresceram 25% em 12 meses, puxados por linhas como o crédito consignado, veículos e o financiamento ao consumo. A carteira do segmento superou a marca de R$ 107 bilhões.
Já na pessoa jurídica, a alta foi de 20,1%, com destaque para as operações de micros, pequenas e médias empresas, principalmente capital de giro, que teve expansão de 25%. O BB terminou o terceiro trimestre com ativos totais de R$ 796,8 bilhões, expansão de 16% ante setembro de 2009. Com esse montante, o banco público se consolida na posição de maior instituição financeira do Brasil e da América Latina. Para reforçar seu capital, o BB concluiu no início do terceiro trimestre uma oferta de ações que rendeu ao todo R$ 9,8 bilhões.
O lucro do BB ficou menor que o do Itaú Unibanco, que anunciou ganho recorde de R$ 3,034 bilhões no terceiro trimestre, e de R$ 9,4 bilhões de janeiro a setembro. Mas superou o do Bradesco, que lucrou R$ 2,5 bilhões nos meses de julho a setembro e R$ 7,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano.