O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) divulgou o lucro líquido de R$ 76,476 milhões no semestre. O lucro foi menor do que a expectativa das entidades representativas dos funcionários e do próprio banco. O lucro ficou um pouco acima do mesmo período do ano passado – R$ 76,431 milhões – mas poderia ter sido muito maior se o banco não tivesse tido que arcar com dívidas passadas.
O patrimônio líquido atingiu R$ 1,56 bilhão, diante de R$ 1,45 bilhão, em 2006. Com relação aos contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) houve um aumento de 21% acima do previsto, atingindo R$ 1,4 bilhão.
O resultado não foi maior porque o banco pagou R$ 110,7 milhões referentes a dívidas da administração anterior (leia-se Byron Queiroz). “Teria sido melhor, mais que o dobro se não tivesse que cumprir deliberação do Tribunal de Contas da União”, diz o presidente do banco, Roberto Smith. Ele informou ainda que o banco tem se esforçado para por fim às pendências legais deixadas pela direção anterior da instituição, o que mostra que o desmonte feito por Byron e sua gangue não foi pequeno.
Primeiro foi destinado dinheiro para cobrir débitos com a Caixa de Previdência dos funcionários (Capef) e com uma série de outros “esqueletos” que foram surgindo. “Espero que não surja mais nenhum esqueleto, porque desse jeito nossa PLR é que vai acabar pagando as contas que o fantasma do Byron deixou”, disse o coordenador da CNFBNB e diretor do Sindicato, Tomaz de Aquino.
O banco anunciou que além de honrar pagamentos herdados da administração anterior, o BNB não apresenta lucros vultosos como os comerciais porque tem operações de caráter social e observa que as operações do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) se concentram mais no segundo semestre do ano. “Só esperamos que, no final de tudo isso, o banco também reconheça o esforço dos seus funcionários”, concluiu Tomaz.