Lula diz que seu governo vai acelerar, crescer e incluir

78

Em cerimônia em Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse do segundo mandato presidencial. Pronunciou um discurso em que definiu três verbos como tônica de seu segundo mandato: “acelerar, crescer e incluir”. Referindo-se a uma das prioridades do segundo mandato, o crescimento econômico, Lula pregou “pressa, ousadia, coragem e criatividade”. O presidente disse que lançará ainda este mês um pacote com medidas econômicas para acabar com as “sérias travas ao crescimento”.

“Um dos mais profundos compromissos que tenho comigo mesmo é dizer de onde venho”, afirmou Lula, referindo-se a sua origem humilde. “Defender os interesses dos mais pobres é o que nos guia neste caminho”. Comparando o Brasil de hoje com o de quatro anos atrás, quando assumiu seu primeiro mandato, Lula afirmou que “muito se fez” no combate à miséria e à fome, mas reconheceu que, apesar disso, “infelizmente permanecem as injustiças entre os pobres”.

Lula defendeu com vigor seus programas sociais, tachados de “populistas” pela oposição, e assegurou que permitiram resgatar da miséria “milhões de brasileiros e brasileiras” que não tinham outro destino que “a fome”. “Meu Governo nunca foi nem será populista. Este Governo é e será popular, com compromissos populares”, afirmou Lula, interrompido por uma ovação dos parlamentares e autoridades que assistiram à cerimônia.

Lula afirmou que as políticas sociais de seu Governo “nunca foram compensatórias, mas criadoras de direitos”. Ele admitiu que no Brasil “os trabalhadores ainda não ganham o que merecem”, mas afirmou que hoje o País tem “o salário mais alto das últimas décadas” e que nos últimos quatro anos foram criados sete milhões de empregos formais.

Para os próximos quatro anos, Lula assegurou que seu Governo dará especial prioridade “à educação, à geração de mão-de-obra, ao microcrédito, à reforma agrária pacífica e produtiva e à expansão da arte e da cultura popular” como geradoras de trabalho e renda.