Maior greve bancária marca 2004

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O ano de 2004 foi marcado pela maior greve bancária em 15 anos. A Campanha Salarial desse ano superou os marcos de reajuste dos salários e se tornou um momento de unificação da categoria. A greve da categoria durou 28 dias.

A decisão pela unificação da campanha teve como objetivo firmar um acordo que valesse para os setores público e privado. A minuta de reivindicações foi entregue ainda em junho. Com isso, a Executiva Nacional dos bancários tencionava fechar o acordo mais cedo, antes da data-base da categoria. Entretanto, logo na primeira negociação, os banqueiros alegaram dificuldade em conceder aumento real. Nas rodadas que se sucederam até o final de agosto, a última evolução do índice foi de 6% para 8,5%. Em outubro, 198 agências dos bancos públicos estavam paradas.

Nos bancos públicos, a greve foi mais forte e, em alguns momentos, foram os funcionários desse setor que ajudaram os bancários do setor privado a fecharam as agências. Nessa greve, os bancários sofreram a intervenção direta da Justiça do Trabalho, que, através de determinações e multas, tentou inviabilizar as manifestações.

A greve de 2004 representou não somente a paralisação das atividades trabalhistas, mas sobretudo uma oportunidade de encontro e de participação dos bancários na luta por melhores remunerações e condições de emprego.