Mesa de Igualdade: Bancários querem combater assédio sexual mesmo sem apoio da Fenaban

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Decepcionados. Foi assim que os dirigentes sindicais saíram da última reunião sobre igualdade de oportunidades com a Fenaban, em São Paulo, dia 15/12. A principal frustação ficou por conta da campanha nacional conjunta de combate ao assédio sexual. Apesar de definir o calendário de debates para 2016, alguns temas importantes não avançaram.


Os bancos se comprometem a reforçar a comunicação e sensibilização interna, mas não aceitam fazer a campanha conjunta com movimento sindical, ao contrário do que foi sinalizado na Campanha 2015. O movimento sindical vai trabalhar o tema como prioridade, mesmo que não seja de forma conjunta.


Durante o encontro, a Fenaban também apresentou os dados sobre a participação das mulheres negras no setor. Em 2008, era 8,2% da categoria. Já no novo censo, esse número subiu para 11% e a PEA é 21,6%. A inclusão dos trabalhadores com PCD também foi debatida e foram cobradas ações para cumprimento da cota de pessoas com deficiência. Os bancos afirmaram que o percentual de PCD hoje é de 3,6%, contra 1,8%, em 2008.


A Fenaban alega dificuldade na contratação devido a deficiência da educação pública. Os sindicalistas discordam desta avaliação, pois o percentual do setor está aquém do mínimo exigido pela lei, de 5%. O tema de inclusão de trabalhadores com deficiência será retomado na primeira reunião de 2016.