Mesa temática sobre Segurança debate assaltos a bancos que crescem 14,36% em 2011

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A estatística nacional feita pelos bancos sobre assaltos a bancos, consumados ou não, indicou 422 ocorrências em 2011, um crescimento de 14,36% em relação a 2010. A informação foi divulgada no dia 1º/3 para a Contraf-CUT, federações e sindicatos, durante a mesa temática de Segurança Bancária, dia 1º/3, em São Paulo. O crescimento de assaltos em 2011 quebra uma tendência decrescente de ocorrências nos últimos anos.


A revelação semestral de assaltos a bancos foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010, e está prevista na Cláusula 31ª da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012. Os casos de sequestros estão incluídos, segundo a Fenaban. O crescimento de assaltos em 2011 quebra uma tendência decrescente de ocorrências nos últimos anos, conforme apontam os números apresentados pela entidade.


A Contraf-CUT entregou uma carta para a Fenaban, manifestando “a grande preocupação dos bancários de todo Brasil diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias”. Para a entidade, “trata-se de um retrocesso perigoso, que é inaceitável”. A reivindicação é “a manutenção e a ampliação das portas giratórias para todas as agências e postos de atendimento”.


Os bancários solicitaram também os números dos arrombamentos a bancos, uma vez que esses ataques dispararam nos últimos anos, sobretudo com o uso de explosivos. A Fenaban disse que não possui números, alegando que ocorrem fora do horário de atendimento, não envolvem pessoas e seriam problemas de segurança pública. A Contraf-CUT ainda requereu dados sobre o crime da “saidinha de banco”, mas a Fenaban voltou a dizer que é um problema de segurança pública. Os bancários rebateram. Esse ataque começa dentro das agências, diante da falta de privacidade dos clientes na hora dos saques. É lá que os olheiros escolhem as vítimas. Portanto, os bancos não podem fugir de suas responsabilidades e jogar a culpa para os clientes e à polícia.