Mesmo com altos lucros, bancos privados continuam demitindo

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Os balanços dos principais bancos privados divulgados nos últimos dias mostraram lucros volumosos, que chegam a ser estarrecedores se comparados aos ganhos dos bancários e tantos outros setores da economia. Os grandes conglomerados bancários expõem resultados exuberantes, que chegam a ser indecentes.


O lucro do Itaú bateu o recorde do Bradesco no primeiro semestre e mostrou resultado de R$ 4,016 bilhões, muito acima também dos R$ 2,958 bilhões que obteve no mesmo período de 2006. É o novo recorde de lucro entre os bancos privados brasileiros, o maior obtido nos últimos 20 anos.


Já o espantoso lucro divulgado pelo Bradesco foi de R$ 4,007 bilhões. O lucro divulgado do Unibanco foi de R$ 1,422 bilhão nos primeiros seis meses de 2007. O crescimento em relação ao mesmo período do ano passado foi de 33%.

• NO CEARÁ


O Unibanco – numa atitude que parece e muito com a de um banco – este ano promoveu uma onda de demissões pelo País. Os bancários ficaram assustados com o facão, que ceifou dezenas de empregos em São Paulo e em várias partes do Brasil. No Ceará, as demissões chegaram a cinco até julho deste ano, entre eles 60% tinham idade entre 31 e 35 anos de idade. As justificativas dadas pelo banco para as demissões passam por palavras vazias como “oxigenação e reestruturação”.


O Bradesco continua sendo o campeão de demissões. Conforme a Estatística do Sindicato, até julho no Ceará foram demitidos 70 funcionários do Bradesco. Desses, 41,4% tinham entre 20 e 25 anos de serviços no banco. Em vez de buscar uma forma de reconhecimento aos funcionários que dedicaram anos de sua vida ao banco, a direção do Bradesco optou por humilhar esses trabalhadores. De acordo com denúncia feita ao Sindicato, bancários que estão próximos de completar o tempo para aposentadoria integral vêm sendo demitidos sem nenhum respeito.


O Sindicato cobra respeito dos bancos privados com os trabalhadores. Quando os funcionários mais precisam de reconhecimento pelos serviços prestados, os bancos viram as costas e ainda humilham as pessoas que ajudaram a construir o que hoje é sistema bancário brasileiro.

NÚMERO DE DEMISSÕES NO CEARÁ


Conforme a Estatística do Sindicato as demissões

até julho deste ano foram:













Banco

Nº Demitidos

Bradesco

70

ABN Real

18

HSBC

14

Santander

8

Itaú

7

Sudameris

5

Unibanco

5

Rural

4

Safra

3

BIC Banco

3

BMC

2