Após ouvir os relatos da Contraf-CUT, federações e sindicatos acerca da violência e dos riscos de vida enfrentados diariamente pelos bancários, vigilantes e clientes em todo País, o secretário-executivo do Ministério de Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que pretende intermediar um encontro entre representantes dos bancos e dos bancários para discutir a melhoria das condições de segurança. O compromisso foi manifestado durante audiência concedida na sexta-feira, dia 6/6, em Brasília. O encontro entre bancos e bancários ainda não tem data definida.
“Consideramos importante a vontade do Ministério em buscar soluções para os graves problemas de segurança, como o assassinato de trabalhadores e clientes dentro e fora das agências e postos, devido à falta de investimentos dos banqueiros na prevenção de assaltos e seqüestros”, destacou o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Ele completa: “a abertura de um canal de diálogo vem em boa hora, uma vez que a Fenaban não nos recebe para tratar das questões de segurança, descumprindo a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho”, frisou.
Presente à reunião, o superintendente da Polícia Federal, delegado Adelar Ardeli, reiterou o convite já encaminhado para a Contraf-CUT para participar, na terça-feira, dia 17/6, da apresentação das estratégias do Ministério sobre segurança privada para autoridades, parlamentares e entidades representativas. “Estamos construindo um novo projeto de lei para atualizar a legislação federal e queremos a contribuição dos bancários”, ressaltou.
A Contraf-CUT vai encaminhar as propostas da categoria, que não foram incluídas no projeto anterior, como a proibição do transporte de dinheiro pelos bancários, a instalação de portas giratórias na entrada das agências e postos, a interdição de unidades que não possuem os dispositivos de segurança e a penalização criminal do presidente da instituição financeira que descumprir a legislação.