Mobilização empurra votação do PL da Terceirização para julho

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Graças à mobilização das entidades sindicais, na qual a Contraf-CUT exerceu papel importante, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados decidiu adiar para 9 de julho a votação do substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA) para o projeto de lei (PL) 4.330 do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que a pretexto de regulamentar a terceirização legaliza a precarização das relações de trabalho no Brasil.


“Foi uma vitória da mobilização dos trabalhadores”, comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Quero antes de mais nada agradecer o trabalho de mobilização dos sindicatos de bancários, cuja atuação tanto nas suas bases quanto aqui no Congresso Nacional foi decisiva para evitar a votação desse nocivo projeto de lei”.


Foi com o Plenário 1 do Anexo II da Câmara lotado de representantes dos trabalhadores que o presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT/SC), anunciou o adiamento da votação em 30 dias, após a negociação de um acordo entre as centrais sindicais, o relator da PL 4.330 e os demais parlamentares da Comissão.


A Contraf-CUT, a Contracs-CUT e a CNTV estão propondo uma reunião com todo o Macrossetor de Serviços e Logística da CUT (que além de bancários e comerciários reúne vigilantes e trabalhadores de transportes terrestre e aéreo, dentre outros) na próxima semana com o objetivo de discutir um calendário de mobilização envolvendo as várias categorias de trabalhadores.


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) já aprovou em plenária nacional a deflagração de greve nacional para combater o PL 4.330.“Agora precisamos de mais mobilização e pressão dos trabalhadores para enterrar de vez esse projeto elaborado pelos empresários e pela Fenaban para destruir direitos dos trabalhadores”, convoca Carlos Cordeiro.


Negociação com o governo federal – Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, também ressalta a importância de aumentar a mobilização neste mês de junho porque também foi instalada no dia 11/6, mesa de negociação com o governo federal sobre o tema da terceirização.“Precisamos assegurar a igualdade de direitos, de tratamento e de representação sindical dos mais de 10 milhões de trabalhadores que já se encontram nessa situação hoje, resgatando assim a unidade e a dignidade da classe trabalhadora no Brasil”, destaca Miguel Pereira.