Movimento dos profissionais da Caixa permanece forte esta semana

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Em assembléia realizada na última sexta-feira, dia 22/5, os profissionais da Caixa em Fortaleza deliberaram pela continuidade da greve no Estado. Os funcionários rejeitaram a proposta apresentada pela Caixa e devem realizar nova assembléia na segunda-feira, dia 25/5. A audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi prorrogada para quarta-feira, dia 27/5. No dia 28, os empregados completam um mês de paralisação.


A proposta rejeitada pelos profissionais da Caixa abrangia empregados pertencentes e não pertencentes à nova estrutura salarial do PCS de 1998 e previa realocação por tempo de efetivo exercício na empresa, ficando condicionada ao imediato retorno ao trabalho.


Pela proposta, a migração posicionada em 31/12/2008, nas mesmas condições definidas pela migração ocorrida em fevereiro do ano passado, se daria por aproximação salarial. Mas, para isso, a Caixa estabeleceu duas exigências: não estar vinculado ao REG/Replan não-saldado e desistência das ações propostas, com renúncia expressa dos direitos sobre os quais se fundamentam a ação. Entretanto, ficaria descartada a reabertura do processo de saldamento do plano de benefícios REG/Replan.


A empresa propôs que a migração, retroativa a 1º/1/2009, acontecesse de forma espontânea, mediante opção individual de cada empregado, por meio da assinatura de um termo.


Para a realocação na nova tabela, efetivada em referência igual ou superior à atualmente ocupada, a Caixa concederia duas referências salariais para cada ano de exercício na empresa. O prazo para migração seria aberto após cinco dias úteis da assinatura do acordo aditivo. A empresa se comprometeria a pagar as diferenças salariais retroativas a 1º/1/2009 na folha de junho, compensados os 4% pagos a partir de 1º/4.


Além disso, os dias parados na greve seriam compensados com prestação de jornada suplementar de trabalho, no período entre a assinatura do aditivo ao acordo coletivo e 31/8/2009, não sendo considerada como jornada extraordinária. A empresa propunha que as horas não-trabalhadas fossem compensadas com o trabalho de duas horas diárias, obrigatoriamente, de segunda a sexta-feira, além da jornada normal, inclusive com a utilização dos sábado. As horas não compensadas seriam descontadas.


Para a revisão da tabela salarial do PCS, a Caixa pretendia aplicar reajuste em progressão geométrica decrescente, no percentual inicial de 23,24% sobre a primeira referência da carreira profissional e de 5,01% na última. Com isso, o piso salarial passaria para R$ 6.199,00 e o teto para R$ 8.704,00.