Mulher, trabalhadora, esposa e mãe

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Acordar cedo, fazer o café-da-manhã, arrumar os filhos e deixá-los na escola, ir para o trabalho, passar o dia trabalhando e quando chegar em casa, fazer janta, dar carinho ao marido, ensinar os deveres dos filhos e mais um milhão de tarefas. Essa é a rotina da grande maioria das mães do mundo atual.

As mulheres de hoje se desdobram para dar conta de fazer tudo isso e ainda conquistar espaço em postos, antes exclusivos do sexo masculino. O século XXI chegou com sutis mudanças na divisão sexual do trabalho e, ainda, insuficientes transformações culturais e sociais que permitem a inclusão plena das mulheres na sociedade.

No entanto, as mulheres vão desenhando indicadores no desenvolvimento econômico e social do País. Conquistando reconhecimento, buscando equilíbrio entre a atividade profissional e a família e procurando novas formas de sobrevivência em um mundo que ainda lhes é hostil em vários aspectos. Elas também são as maiores atingidas pelo desemprego e pela violência doméstica.

Mas essas mulheres, mães, não se abatem diante das dificuldades. Sempre estão mostrando além da garra de vencer, muita disposição de luta. Luta pela cidadania, pelo estabelecimento de políticas de igualdade de direitos, e, principalmente, por um mundo melhor e mais justo para seus filhos.

História do Dia das Mães – A idéia partiu da norte-americana Anna Jarvis, que em 1904, quando sua mãe morreu, chamou a atenção em sua igreja para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia das Mães. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente o 2º Domingo de Maio como o Dia das Mães. No Brasil, a oficialização se deu pelo decreto nº 21.366 no Governo Provisório de Getúlio Vargas, em 5 de maio de 1932. (Fonte: Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte – Cia das Letras, SP, 1995).

MÃES BANCÁRIAS

“Uma mulher começa a ser mãe no momento em que ela sabe que está grávida, porque, desde então, ela já passa a se preocupar com o bem-estar daquele que está se formando dentro dela. E toda mãe consegue enfrentar essa missão com força, sabedoria e intuição, natural de toda mãe. Eu criei meus dois filhos como bancária, que por si é uma profissão estressante. Mas, mesmo passando o dia inteiro no banco, cumprindo com minhas obrigações profissionais, em todo o momento pensava em meus filhos, como educá-los e torná-los homens de bem. Além disso, o elo que há entre uma mãe e seu filho é o mais forte que existe. Muitas vezes as relações de amizade ou profissional se abatem, mas a de mãe e filho é um laço indissolúvel. Por isso, ser mãe é um privilégio da mulher”
Carmem Amélia, funcionária do Bradesco e diretora do SEEB-CE

“É difícil ser mãe e profissional ao mesmo tempo, principalmente pelo que nós nos propomos a fazer: ser mãe, sindicalista, bancária e esposa, que às vezes deixamos a desejar em alguma dessas funções. Na verdade, a gente pode deixar de ser qualquer coisa, mas mãe a gente é a vida inteira. Como mãe sempre tento estar próxima, transmitir caráter e orientar da melhor forma possível. Por mais ocupada que eu esteja, sempre busco dedicar um tempo para meus filhos e estar presente não só quando eu tiver tempo, mas quando eles querem e precisam de mim”
Lúcia Silveira, funcionária do Itaú e diretora do SEEB/CE

“Esse é o meu primeiro filho, que deve nascer até o começo de agosto. Eu estou muito feliz e numa expectativa muito boa. A perspectiva de ser mãe está me fazendo muito bem. Espero mesmo que meu filho encontre um mundo com mais paz, uma sociedade mais justa e espero ter sabedoria para poder conciliar o fato de trabalhar fora e ter o maior tempo possível para poder passar para o meu filho o que há de melhor em mim”
Rosa Eulália, empregada da Caixa Econômica Federal