Museu da Escrita em Fortaleza está aberto à visitação

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Fruto da iniciativa do economista José Luís Gomes Morais, o Museu da Escrita, inaugurado recentemente, está aberto para visitas. As 1.400 peças expostas nas 16 salas do museu foram adquiridas pelo próprio José Luís, em cerca de 10 anos de garimpagem no Brasil e no exterior. Foi ele também, com ajuda da mulher, que organizou o museu, sem o auxílio de nenhum profissional especializado no assunto.


O Museu da Escrita, em homenagem a professora sobralense Maria Isaurita Gomes Morais, genitora do idealizador do projeto, está localizado em Fortaleza, tendo iniciado suas atividades em Novembro de 2012.


José Luís diz que desde criança gosta de preservar objetos, tendo começado a colecionar moedas, álbum de figurinhas, selos e até carteiras de cigarro vazias. Juntando material aleatoriamente, diz ter resolvido direcionar a sua pesquisa para a área da escrita.


Percorrendo-se as salas é possível ter uma ideia da evolução da escrita ao longo do tempo e observar os objetos relacionados ao ato de escrever ou utilizados para reproduzir textos, como penas, livros, canetas, prensas tipográficas e máquinas de escrever, das mais diversas épocas.


Antepassados muito distantes do notebook, as escrivaninhas portáteis têm mais ou menos esse tamanho, mas com maior profundidade. Na caixa, que se abre propiciando um apoio para a escrita, eram guardados papel, tinta e penas de escrever, utilizados pelos viajantes para fazer contato de negócios ou com suas famílias.


A peça mais antiga do museu é um conjunto original de três folhas escritas por monges copistas da Idade Média. José Luís cita também um livro português de 973 folhas escrito a mão pela mesma pessoa, trabalho que demorou 15 anos. Segundo ele, sabe-se que foi reproduzido pelo mesmo escriba, pois observa-se a mesma caligrafia do início do fim do livro, que data da segunda metade do século 18.


Mas o destaque do Museu é um peso de papel em forma de pata de leão, sem valor comercial. O idealizador diz que, ainda menino, começou a trabalhar em um banco em Sobral, sua cidade de origem. Ao deixar o emprego, com 17 anos, pediu e ganhou a peça do gerente do estabelecimento. É o seu mascote.


Serviço:

Local: Rua Dr. Walder Studart, 56 – Dionísio Torres – Fortaleza

Horário: de terça-feira aos domingos, das 9h às 12h e das 13h às 17h

Outras informações: (85) 3244 7729