NEGATIVAS MARCAM NEGOCIAÇÃO COM EMPREGADOS

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A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes da direção do banco se reuniram dia 15/1, em Brasília, para nova rodada de negociações da mesa permanente. O encontro foi marcado por seguidas negativas da Caixa. A pauta apresentada pelas representações dos empregados contemplou a busca pelo fim da reestruturação e o desmonte da empresa, a defesa dos direitos e do Saúde Caixa para todos.


REESTRUTURAÇÃO – A empresa disse, a partir de um estudo, suspendeu nomeações para funções já em preparação para reestruturação e confirmou as bases do modelo ao responder que, nas cidades em que há apenas uma agência, mantido o formato de “agência universal”. Para a CEE, não se trata de estudo, mas de uma restruturação que causa pânico entre os empregados e ameaça o banco público.


DEFESA DOS DIREITOS – A CEE/Caixa cobrou o fim das carreiras por minuto, caracterizadas como “uberização” do trabalho de caixa, tesoureiros e avaliadores de penhor.  Em relação aos tesoureiros, questionou qual o futuro da função, uma vez que está sendo ameaçada de extinção. A Caixa confirma que não há a perspectiva de retorno da nomeação efetiva para as funções de caixa e de tesoureiro. A CEE cobrou ainda mais contratações.


GDP no PSI – A CEE/Caixa manifestou discordância em relação ao modelo de PSI que prevê o uso da GDP como parâmetro e resulta na exclusão de empregados que retornam de licença médica e maternidade. A Caixa respondeu que, no caso de empregadas em licença maternidade, está sendo facultada a utilização da nota do ciclo anterior. E que os retornos de licença médica serão analisados caso a caso.  A CEE cobrou o fim da GDP e também condenou o PSI por score. A empresa disse que se trata de procedimento estratégico, que será mantido. Segundo o banco, a Revalida também continuará em vigor.


SAÚDE CAIXA PARA TODOS – A garantia do Saúde Caixa para todos foi defendida com ênfase pela representação dos empregados. A Caixa respondeu que os dados do Saúde Caixa alimentarão um banco de informações, que será apresentado em breve ao Conselho de Usuários e ao GT Saúde.


“Não temos dúvida que essa postura demonstrada durante a negociação faz parte do desmonte que está sendo realizado na Caixa e que já denunciamos há tempos. A Caixa está sendo desfigurada como banco a serviço do desenvolvimento econômico e social do país. Nossos direitos estão sendo atacados. E nossa obrigação como empregados é levar essa informação a toda sociedade e nos mobilizarmos cada vez mais em torno da Caixa 100% Pública”
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e da Fenae