Negociação avança com criação de Grupo de Trabalho para discutir pesquisa

51


A criação de um grupo de trabalho para discutir uma pesquisa sobre os serviços médicos dos bancos, tema que tem causado inúmeros conflitos e dificuldades para os bancários. Este foi o avanço da reunião entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), representada pelo Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador e por Wadson Boaventura, membro do Comando Nacional dos Bancários, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no dia 20/9, em São Paulo.


A pesquisa se propõe a avaliar a efetividade do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), regulamentado pela Norma Regulamentadora (NR) 7 do Ministério do Trabalho e Emprego e previsto na cláusula 67ª da CCT 2016/2018, que tem como foco central políticas de prevenção. Reivindicamos um processo mais completo e mais avançado de avaliação do PCMSO com a criação de um questionário, que contemple um diagnóstico mais amplo dos procedimentos dos serviços médicos, possibilitando que a gente consiga trabalhar propostas de prevenção.


Em maio de 2017, a Contraf-CUT entregou para a Fenaban uma proposta de questionário com 21 questões. Com o objetivo de alcançar o consenso entre as partes, a Contraf-CUT propôs a criação de uma comissão técnica para aprofundar os conceitos das questões do formulário. A importância da criação de um GT técnico é de que o questionário, proposto pelos trabalhadores, venha ao encontro a NR7 e que a Fenaban tenha a oportunidade de manifestar seu ponto de vista.


ANÁLISE DOS AFASTAMENTOS DE TRABALHO – O objetivo da comissão é conseguir analisar as causas do adoecimento da categoria e propor políticas preventivas, pois alcançar um ambiente de trabalho seguro e saudável é um direito dos trabalhadores. A próxima reunião, prevista para novembro, tem como pauta principal o debate sobre a cláusula 67, que trata da causa dos afastamentos dos bancários.


“O alto nível de adoecimento da categoria é um importante indicativo de que os serviços médicos dos bancos não funcionam conforme o seu propósito, que é de prevenir doenças e acidentes do trabalho. É preciso garantir a participação dos trabalhadores nas políticas de saúde no ambiente de trabalho”
Jannayna Lima, diretora de Saúde do Sindicato dos Bancários do Ceará.