Em reunião realizada no último dia 28/6, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza, o Sindicato dos Bancários do Ceará cobrou mais uma vez, ao Banco do Nordeste do Brasil, a lista dos funcionários afetados pelos descomissionamentos resultantes do processo de reestruturação em curso no Banco, conforme acertado em reunião ocorrida dia 12/6. O BNB afirmou ainda não dispor de todas as informações necessárias. Aproveitando isso, os funcionários cobraram também que seja disponibilizada às entidades o calendário de abertura de agências até o final do ano para que se possa acompanhar com mais precisão e detalhes a realocação dos descomissionados.
A reunião foi convocada pela Contraf-CUT devido aos inúmeros problemas relativos à reestruturação verificados em todos os estados com BNB na base. Presentes pelo Banco, dois diretores: Nelson de Souza (Administrativo e de Tecnologia da Informação) e Fernando Passos (Financeiro e de Mercado de Capitais); além dos representantes de superintendências e do setor jurídico do Banco.
Diante dessa comitiva, o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa, questionou quais os critérios desses descomissionamentos, pois segundo ele, ficaram acertados alguns parâmetros do processo de reestruturação entre trabalhadores e o Banco, mas o que se vê hoje é um quadro bem diferente. “O que percebemos é um número superior de descomissionamentos que não casam com a tranquilidade que nos foi passada durante a apresentação do processo de reestruturação feito às entidades no dia 4/4. Isso vem causando insatisfação e preocupação entre os trabalhadores e nós viemos aqui cobrar respostas para essas pessoas”, afirmou.
Segundo o panorama apresentado pelos membros da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), que assessora a Contraf-CUT nas negociações, existem problemas em todos os estados, mas a situação do Piauí é a mais grave, pois lá é onde está o maior número de descomissionados depois da Bahia, porém sem previsão de abertura de novas agências e sem vagas para novas comissões.
Diante disso, os representantes do BNB afirmaram que estão envidando esforços para solucionar os problemas encontrados nos estados. Com relação ao caso do Piauí, o Banco sugeriu reunião específica no estado para buscar soluções.
Os representantes do BNB garantiram ainda que em casos de realocação para funções de igual remuneração ou remuneração inferior prevaleceria a lateralidade da função.
Quanto ao Ceará, o BNB informou que não há problemas quanto a descomissionamentos nas Centrais.
Asseguramento – Como forma de contemplar todo o corpo funcional, o SEEB-CE e a Contraf-CUT reivindicaram a prorrogação do asseguramento de função para 12 meses ao invés de apenas por 120 dias. O Banco ficou de analisar.
Tomaz de Aquino, coordenador da CNFBNB, sugeriu também que fosse feita uma desmobilização da terceirização no Banco como forma de criar novas vagas nas unidades e assim permitir uma melhor realocação de funcionários descomissionados, o que também foi bem recebido pelo Banco, que ficou de analisar.
O vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa, ressaltou ainda que os sindicatos, assim como a confederação, ficarão alertas e acompanhando de perto o processo de realocação nos estados, principalmente aqueles que têm cronograma de abertura de agências. “E vamos cobrar transparência no processo, além do cumprimento do calendário para aberturas dessas unidades até o final do ano, como prometeu o Banco”.
Suspensão do CDC e empréstimo de férias – Por iniciativa do Sindicato dos Bancários do Ceará, a Contraf-CUT reivindicou a suspensão nos próximos três meses das prestações dos empréstimos de férias e CDC dos Funcionários do BNB, ativos e aposentados. O Banco ficou de responder as reivindicações brevemente. O Sindicato dos Bancários do Ceará pediu celeridade na resposta, tendo em vista ser uma prática que já vem sendo adotada há vários anos.