Negociação com o BNB decepciona e funcionários protestam

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A primeira rodada de negociação da pauta específica envolvendo a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT) e a direção do banco foi decepcionante. Após 15 dias da entrega da pauta complementar, com a definição de treze cláusulas a serem inicialmente negociadas, a Superintendência de Desenvolvimento Humano disse não ter resposta para as reivindicações, pois não havia entendido que as treze questões estariam em discussão. A CNFBNB/Contraf-CUT protestou afirmando que o posicionamento do banco era um desrespeito ao processo negocial. A reunião ocorreu na quinta-feira, dia 14/9, no Passaré.

A intenção da Comissão ao definir 13 cláusulas da pauta para serem discutidas de imediato era agilizar o processo negocial. Sem poder discutir essas cláusulas, a negociação iniciou-se pela análise das quatro primeiras cláusulas da pauta: licença-prêmio, isonomia de tratamento para novos funcionários, plano de previdência complementar e comissão paritária – CIN-Pessoal. De uma maneira geral, as cláusulas voltarão à mesa na próxima rodada, quando serão apresentadas contrapropostas. “Vir para a mesa de negociação sem dar a atenção devida ao que foi acertado é um descaso com as entidades”, afirma Marcos Vandaí, representante da Contraf-CUT.

Para evitar esses “mal-entendidos” já foram definidos os pontos que serão discutidos na próxima rodada, marcada para o dia 6/10, ocasião em que o Banco também irá apresentar os pontos que considera prioritários para a instituição. Serão discutidas na próxima rodada: isonomia, plano de previdência complementar, ponto eletrônico, vale-transporte, diretor-representante, plano de funções, plano de custeio da Camed e revisão do plano BD da Capef.

A CNFBNB cobrou do Banco ainda uma definição quanto à adesão oficial à mesa única. Segundo a superintendente de Desenvolvimento Humano, Zilana Ribeiro, o posicionamento do Banco é de aderir, mas que a resposta oficial deve ser dada na próxima rodada.

Demissões em Pernambuco – A Comissão cobrou do Banco o retorno ao diálogo com relação ao caso dos dois funcionários de Recife, recentemente demitidos, a fim de se resolver o assunto administrativamente. No entanto, Zilana informou que a questão só poderia ser tratada agora pelo departamento jurídico.