Negociação específica trouxe poucos avanços

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Na última sexta-feira, dia 19/9, aconteceu em Brasília, mais uma rodada de negociações específicas entre a Caixa Econômica Federal e o Comando Nacional dos Bancá-rios, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados da CEF da Contraf-CUT (CEE/Caixa). Os representantes dos bancários apresentaram novas demandas para a empresa, de acordo com calendário definido em negociação anterior, e retomaram algumas pendências da última rodada, ocorrida no último dia 12/9.


Os bancários reivindicaram a extensão para todos os aposentados e pensionistas do auxílio-alimentação e da cesta-alimentação. A Caixa manifestou disposição em negociar apenas a extensão do ticket para os empregados que se aposentaram até 1995, que têm uma situação específica. Negando a extensão da Cesta para todos e o ticket para os que se aposentaram ou venham a se aposentar após fevereiro de 1995. Os representantes dos trabalhadores concordaram com essa reabertura, mas insistiram que o auxílio e a cesta-alimentação devem ser pagos para todos os aposentados.

Jornada de trabalho – Os trabalhadores propuseram mais uma vez a revogação da CI SURHE 293/06 e a jornada de seis horas diárias para todos os empregados. Essa circular interna obriga todos os empregados que entrarem na Justiça para conseguir jornada de seis horas diárias a sofrerem uma redução de seus salários. O banco disse que não aceita a reivindicação. Os bancários cobraram também a extinção do registro de horas negativas no Sipon, além de abertura de negociação sobre outros pontos do sistema. A Caixa afirmou que ia estudar a solicitação, mas não reconhece problemas no Sipon.

Formação – O banco informou, sobre a criação de licença remunerada para o empregado fazer mestrado ou doutorado, que essa demanda está regulada no MN RH 99, normativo que define sobre bolsas de estudo de mestrado e doutorado. Os trabalhadores reivindicam também que qualquer empregado possa solicitar estas condições. O banco negou a demanda. Também foi reivindicado o aumento no número de bolsas para graduação e sua extensão para empregados que já tenham concluído curso superior, sem limite de valor para as bolsas. A Caixa afirmou que segue uma política de elevação de nível de escolaridade de seus empregados e também negou.

Remuneração de cargos – Os bancários reivindicaram a volta do pagamento de substituições para todos os empregados, que foi eliminada com a publicação da CI GERET 55/2006. No entanto, o banco negou a reivindicação. Os trabalhadores solicitaram também melhorar os termos do MN RH 151, que trata da incorporação do valor da comissão de cargo quando a pessoa é destituída, a partir de certo tempo de ocupação. A Caixa sinalizou que esse assunto poderá ser tratado no projeto de reformulação do PCC.

PSI – Os bancários reivindicaram que o Processo de Seleção Interna seja mais rígido e amplo. A Caixa diz que está em fase de conclusão de uma reformulação do PSI, a ser apresentada em reunião futura. A exceção são os critérios para destituição, que a empresa negou. Quanto o PCC e fim da exigência de curso superior para os cargos júnior e pleno dos avaliadores de penhor, o banco se comprometeu a trazer as respostas na próxima negociação, dia 26/9.