A terceira reunião de negociação entre a Super DH do BNB e a CNFBNB/Contraf-CUT previa o debate do bloco de cláusulas de benefícios. Entretanto, por sugestão da diretoria do banco, a discussão sobre essas cláusulas foi adiada para uma nova negociação marcada para 9/10. A justificativa para o adiamento é que o banco ainda não tinha o levantamento do impacto total resultante dos benefícios pleiteados pela Comissão.
As entidades representativas dos funcionários partiram para a cobrança da antecipação da PLR, sendo surpreendidas com a informação de que o Dest ainda não havia autorizado. O programa de saneamento financeiro destinado a repactuar a dívida do funcionalismo, principalmente em relação ao CDC, também não foi apresentado sobre a alegativa de que a proposta ainda não havia sido finalizada. A suspensão das prestações em outubro e novembro está mantida.
Na oportunidade, outros assuntos foram denunciados e cobrados, tais como: extrapolação da jornada de trabalho sem a contrapartida do pagamento de hora-extra; lentidão na oferta do curso de formação bancária para os novos funcionários; disponibilização de relatório sobre problemas do ponto eletrônico e da proposta do novo plano de funções em comissões; e assinatura dos termos do pré-acordo e do acordo do ponto eletrônico. Em relação ao último tema, ficou acertada reunião da Coordenação da Comissão Nacional com a equipe do banco para fazer os últimos ajustes e definir o fechamento.
Para o coordenador da CNFBNB/Contraf-CUT, Tomaz de Aquino, o resultado da negociação somente não foi totalmente frustrante devido ao compromisso do banco de implantar o anuênio para os novos funcionários. “A indefinição quanto a antecipação da PLR e o adiamento da discussão das cláusulas de benefícios indicam uma orientação do governo para o BNB frear o processo negocial e aguardar os resultados das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban”, avalia Tomaz. Essa avaliação, continua ele, reforça a necessidade de mobilização crescente com a adesão de todos os funcionários à greve de advertência de 24 horas, programada para o dia 30/9.
Já o representante da Contraf-CUT, Marcos Vandaí, afirmou que “a exemplo do que está acontecendo com os outros bancos, o BNB só vai ter ganhos quando houver mobilização. Por isso, convocamos todos os funcionários do BNB a se unir e participar desse processo. Precisamos recompor a participação diante do crescimento e da lucratividade que o banco vem apresentando”.