No BNB, resultado é legal; participação é ilegal

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A negociação entre a direção do Banco e a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/CNB-CUT), ocorrida ontem, 15/3, não teve avanço. As principais reivindicações: implantação do PCR e Participação nos Resultados – mediante concessão de 50% de uma remuneração bruta para cada funcionário – tiveram como resposta o NÃO.

Diante da insistência da CNFBNB/CNB-CUT por uma justificativa para o não atendimento do pedido de participação nos resultados, a única apresentada pela Superintendência de D.H. foi a de que a demanda não encontra amparo legal.

Para o coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, legal para o Banco parece ser apenas a exploração do funcionalismo, através da extrapolação da jornada de trabalho. E mais legal ainda é aparecer na mídia como a mais competente direção de banco do mundo, responsável pelo excelente desempenho da empresa – o melhor de toda a sua história.

Para a CNFBNB/CNB-CUT, as manifestações de insatisfação do funcionalismo devem continuar, tal como do dia 15/3, no Passaré, até que os dirigentes da Instituição deixem de se emocionar apenas com os números e passem a valorizar também as pessoas.

PL – Sobre a Participação nos Lucros, o percentual deve variar de 40% a 100% do que é previsto na cláusula do acordo 2005, sendo que os salários menores serão os melhores aquinhoados. A promessa é pagar na 1ª quinzena de abril de 2006, após o pagamento dos dividendos aos acionistas.

PCR – A novela continua. A CNFBNB/CNB-CUT não tem mais como se responsabilizar por previsão de datas no tocante também a esta questão, devido aos constantes descumprimentos pela direção do Banco dos prazos acordados em mesa de negociação. Por isso, vai cobrar o cumprimento de mais uma promessa da Super DH, de disponibilizar a simulação individual de enquadramento no novo PCR no dia 21/3, mas não quer gerar nenhuma expectativa de certeza.