No Bradesco, o fim do pedido de reconsideração deixa bancários passando necessidade

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O pedido de reconsideração do trabalhador para que fosse considerado apto para trabalho pelo INSS, mas não pelo médico do trabalho, foi extinto pelo governo ilegítimo Temer. Isso criou um grande problema para diversos bancários, como os do Bradesco, que se encontram sem dinheiro para comprar remédios, comida e até mesmo para pagar as contas de casa.


Os bancários do Bradesco denunciam que se encontram desassistidos pelo banco por estarem em um “limbo jurídico”. Ou seja, foram afastados por motivos de saúde, considerados aptos para o retorno ao trabalho pelo INSS, mas inaptos pelo médico do trabalho. Com o fim do pedido de reconsideração pelo governo, o Bradesco começou a negar o pagamento desse salário, alegando não ter “amparo jurídico” para tal. Outros bancos, no entanto, não têm feito a mesma ressalva e continuam pagando o direito.


O tema continua na mesa de negociação com os bancos. As entidades representativas dos bancários estão cobrando solução para esse problema, como foi feito na mesa de negociação com a Fenaban sobre saúde e condições de trabalho, na semana passada.


Os dirigentes sindicais têm sido procurados por bancários do Bradesco que não têm recursos para continuar o tratamento de saúde, para comprar remédios e até mesmo comida. A reivindicação é para que o banco reconsidere a postura até que a questão seja definida, porque os bancários estão passando por dificuldades extremas e não podem esperar para tratar da saúde e de suas necessidades básica.

“E o Bradesco, nesse caso, tem condições financeiras, claro, para reconsiderar sua postura. Não precisa expor seus funcionários a isso, a essa situação extrema de dificuldade”
Telmo Nunes, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco