Apesar da direita falar da herança deixada por FHC, os números mostram uma realidade muito diferente. Os indicadores sociais no final do governo FHC (2002) eram bem ruins. 14% da população estava na extrema pobreza e 34,4% estava na pobreza. O desemprego batia na casa de 11,7% e a informalidade (trabalhadores sem carteira assinada) atingia 58,4% dos trabalhadores. Além disso, o salário mínimo era suficiente para comprar apenas o equivalente a 1,4 cestas básicas.
Sendo assim, vamos comparar os números da era do PSDB (de FHC e de Aécio) com os de Lula e Dilma e ver quem verdadeiramente mudou a vida de milhões de brasileiros?
A começar pela distribuição de renda, medida pelo Coeficiente de Gini – quanto maior é o número, mais desigual é o País. No governo FHC, o Brasil tinha um índice de 0.563 (2002). Com Dilma, o Brasil terminou o ano de 2013 com 0.495. Isso mostra que o nosso País, com Dilma e Lula, passou a incluir muito mais pessoas e diminuiu as desigualdades sociais. Um dos grandes responsáveis por essa queda é o Bolsa Família que, combinado com outros programas sociais, tirou 36 milhões de brasileiros da pobreza extrema e se tornou exemplo internacional de política social.
Outro fato que interfere muito diretamente na vida do brasileiro é o valor do salário mínimo. O principal conselheiro de Aécio Neves, Armínio Fraga, esteve no comando do Banco Central durante o governo FHC. Para ele, já anunciado como provável ministro da Fazenda do governo tucano, o salário mínimo está muito alto atualmente. Fraga defende um conjunto de medidas que ele mesmo chama de “impopulares” e têm a finalidade única de manter a inflação sob controle a qualquer custo. Para os tucanos, a melhor política para conter a inflação é diminuir salário, gerar desemprego, diminuir o crédito e aumentar a taxa de juros. Por isso, quando Fernando Henrique acabou o seu governo, em 2002, o salário mínimo no Brasil era de R$ 200,00. Com Dilma, depois da política de valorização constante do salário mínimo de Lula, chegou aos R$ 724,00 em 2014. Para se ter uma ideia, nos tempos dos tucanos na presidência, era possível comprar somente 1,4 cesta básica com o mínimo. Hoje, com todas as correções orçamentárias, é possível comprar 2,2 cestas básicas.
Não é novidade para ninguém que a política econômica dos governos Dilma e Lula está firmemente atrelada ao social. A prioridade sempre foi e sempre será a população brasileira, é por isso que se investiu tanto em educação, em saúde, em transferência de renda, com o objetivo de se investir ainda mais. E isso fica evidente nos números: os gastos do governo FHC com políticas sociais, em 2002, somavam 14,4% do PIB. Com Dilma, esses gastos somam 16,8% do PIB.
Falando em transferência de renda para as famílias, também há resultados muito positivos para mostrar. Em 2002, no final do governo tucano, a transferência de renda era de 8,82% do PIB. Com Dilma, esse valor chega a 10,9% do PIB. Esse indicador interfere diretamente na diminuição das desigualdades sociais.
Por último, um assunto que é muito caro ao governo Dilma e faz os tucanos tremerem. Em 2013, alcançou-se a menor taxa de desemprego da série histórica, chegando ao estado de pleno emprego. Com FHC, o Brasil chegou a ser o 2º país do mundo com desemprego mais alto. Na época dos tucanos, o índice de desemprego batia na casa dos 11,7%. Em agosto de 2014, quando foi realizada a última medição, tínhamos 5%.