O Grande Sacrifício mostra uma nova visão da Paixão de Cristo

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A Paixão de Cristo pelos olhos daquele que carregou a cruz de Jesus. Foi assim que o musical O Grande Sacrifício, que encerrou sua 10ª edição no último domingo, 17/4, mostrou a história mais famosa do mundo. O espetáculo mostra uma perspectiva diferente da Paixão de Cristo. A narrativa revela a páscoa pelos olhos de Simão Cirineu, um homem simples obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus. Em meio às adversidades da situação, um momento inesperado muda completamente sua vida.


“Ele é um homem simples, que é retratado numa parte bem pequena da Bíblia, que é puxado da multidão e obrigado a carregar a cruz”, explica o diretor do Sindicato, Alex Citó, que interpreta o personagem. “Nesse momento em que ele fica cara a cara com Jesus, isso muda toda a perspectiva da história de vida dele”, diz.


Apesar de pouco citado na Bíblia, o personagem inspirou a diretora do espetáculo, Meg Banhos de Castro, a escrever um roteiro ousado, que não deixa de ser fiel ao relato histórico. “No nosso trabalho de pesquisa, nós fizemos estudos bíblicos sobre os costumes, as vestimentas, comportamento da época. Também nos baseamos em filmes bíblicos que abordam essa temática”, informa Alex.


O projeto começou pequeno, há dez anos atrás, dentro da própria Igreja Presbiteriana. Ao longo do tempo, o espetáculo foi apresentado no Centro de Convenções e até no Teatro José de Alencar. “Infelizmente, essas apresentações oneram muito a produção da peça. Foi então que a Tenda da Igreja Batista Central de Fortaleza abraçou o projeto, eles têm uma boa estrutura, e agora estamos lá”, diz.


Alex explica que, mesmo sendo um dirigente sindical e com essa e outras atividades consumindo boa parte do seu tempo, como é evangélico, isso facilitou sua adesão ao projeto. “A escritora da peça, a Meg Banhos, fazia parte da Igreja Presbiteriana. Além disso, eu particularmente, gosto muito de teatro, cinema e estou há dez anos no projeto, interpretando o personagem principal”. E completa afirmando que a mensagem principal da peça é mostrar ao público o real sentido da Páscoa: “Simão, um judeu que estava com as esperanças em baixa, estava em Jerusalém mais para cumprir uma tradição, a partir do seu encontro com Cristo, ele passa a ter uma nova perspectiva de vida e de reflexão da sua própria alma”, conclui.


Com 1h30min de duração, o musical combina teatro, multimídia, dança e música, contando com a participação de mais de 150 pessoas em cena, entre adultos e crianças. No total, são pouco mais de 200 envolvidos nesta produção. Todo o elenco é formado por voluntários da Igreja Batista Central de Fortaleza, Igreja Presbiteriana de Fortaleza e Igreja Batista Alvorada.