“Os trabalhadores não pagarão pela crise” reúne sindicalistas na CUT/CE

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A Central Única dos Trabalhadores, no Ceará (CUT/CE), realizou, no último dia 10/3, o Seminário “Os Trabalhadores Não Pagarão pela Crise”, sobre a crise econômica mundial e suas repercussões na vida do trabalhador. Na mesa de abertura, composta pela secretária da CUT/CE, Vera Level, do tesoureiro, Wil Pereira e do presidente Jerônimo do Nascimento, foi feito o destaque do papel da CUT e entidades filiadas, reunidas na defesa de uma economia mais sólida, onde todos os trabalhadores e trabalhadoras tenham como prioridade o desenvolvimento social. O encontro foi realizado no auditório da CUT Ceará, com a participação de representantes de vários sindicatos.


“Não há porque os empresários sacrificarem os trabalhadores e trabalhadoras. Nós, dirigentes sindicais, temos que estar preparados para enfrentar esse momento. Nós podemos unidos vencer, por isso já fizemos várias atividades para fortalecer a luta contra o patronato que usa a crise como desculpa para demitir, ou reduzir salários da classe trabalhadora”, completou Jerônimo.


O economista Reginaldo Aguiar, supervisor técnico do DIEESE, em “Desmistificando a crise” mostrou a evolução da crise financeira internacional e os seus possíveis impactos na economia brasileira, como também as medidas adotadas pelo governo brasileiro para minimizar os efeitos da crise em todo o País.


O professor Horácio Frota, Coordenador do Mestrado de Políticas Públicas/UECE falou sobre “A crise e as políticas públicas” e, finalmente, o advogado Carlos Chagas, assessor jurídico do Sindicato dos Bancários do Ceará falou sobre “A Crise e as negociações coletivas de trabalho. Como proceder nas negociações? A Legislação do trabalho e a crise”.


Nos diálogos com a platéia foi analisado que a crise financeira é normalmente desencadeada quando há, em determinada nação, um maior número de agentes pessimistas em relação aos demais, o que não está acontecendo em nosso País. O economista Reginaldo Aguiar destacou que “há uma renovação da massa de investimento, não temos grandes problemas no Brasil, não há o que temer. Hoje o nosso mercado econômico é sustentável, como também a um progresso na massa de investimento, ou seja, a economia não parou, estamos vendendo, importando e exportando. Portanto, as expectativas são tranqüilas”, disse Reginaldo.