Pagamento da PLR é garantido em mesa de negociação, após mobilizações

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O processo de negociação comandado pela Contraf-CUT e Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), aliado à mobilização dos funcionários, garantiu mais uma importante conquista para o funcionalismo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Após reuniões com a direção do Banco e até com o DEST, em Brasília, ficou assegurado o pagamento da segunda parcela da PLR dos funcionários.


Durante reunião ocorrida na quarta-feira, 7/5, na sede administrativa do Passaré, com o presidente do BNB, Nelson Antônio de Sousa, ficou acertado um montante de R$ 20 milhões para pagamento da segunda parte do benefício, totalizando R$ 53,8 milhões provisionados para a PLR se levados em conta o valor de 70% adiantados ao final da campanha salarial de 2013.


A representação dos trabalhadores solicitou que o crédito fosse feito na sexta-feira, 9/5, visto que todos os demais bancos brasileiros já quitaram o pagamento do benefício com seus funcionários, o que foi atendido pela direção do Banco.


Solucionada a questão da PLR, os sindicalistas solicitaram a extensão do prazo de carência do empréstimo especial por ocasião da PLR de 2011, iniciando os pagamentos somente em janeiro/2015. “A solicitação parte do princípio de que é elevado o endividamento do funcionalismo. À época, a adesão a esse empréstimo especial foi de 90% e o início do pagamento somente em janeiro aliviaria a situação financeira da grande maioria dos funcionários”, ressalta Carlos Souza, vice-presidente da Contraf-CUT. O Banco sinalizou positivamente em atender mais essa questão.


Além disso, as entidades sindicais reivindicaram e conseguiram o abono da falta referente às paralisações realizadas por ocasião dos protestos pelo pagamento da PLR.


Por fim, o presidente do Banco apresentou proposta para que o pagamento da PLR 2014 fosse realizado nos mesmos moldes de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que baseiam o pagamento das parcelas do benefício levando em conta o lucro semestral. Carlos Souza informou que esse modelo deverá ser debatido durante a campanha salarial deste ano.


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“Essa foi mais uma vitória da mobilização do funcionalismo que constituiu importante peça de pressão junto ao governo federal e aponta para a necessidade de se acumular ainda mais forças para a campanha salarial que se avizinha”

Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e coordenador da CNFBNB