Para a intransigência dos banqueiros, a nossa resposta é GREVE!

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Reunidos em assembleia na noite de quinta-feira, 1º de setembro, os bancários do Ceará rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram greve por tempo indeterminado, por unanimidade, a partir do dia 6 de setembro (terça-feira).


A Fenaban ofereceu aos bancários uma proposta rebaixada de 6,5% de reajuste no salário, na PLR e nos auxílios, além de R$ 3 mil de abono. A proposta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.


“Nós seremos a primeira categoria de trabalhadores que vai fazer o enfrentamento com o governo golpista e precisamos estar unidos, construir uma greve forte para mostrar o nosso poder de mobilização”, ressaltou o diretor do Sindicato, Marcos Saraiva.


O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, destacou que o momento é difícil, mas a categoria bancária está preparada para a luta em defesa de seus direitos. “O golpe se consumou e a primazia da solução para eles é atender os interesses econômicos, afetando os direitos dos trabalhadores. Mas nós estamos fortes e unidos em defesa das nossas conquistas”, finalizou.

O que nós queremos

Reajuste salarial: 14,78% inflação mais 5% de aumento real

PLR: 3 salários + R$ 8.317,90

Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo)

Vale refeição no valor de R$ 880,00 ao mês

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

PCCS: para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Segurança: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Proposta dos bancos rejeitada pela categoria

Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).

Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários)

PLR regra básica: 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a

R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25. 411,97

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.

Antecipação da PLR: Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.

Ameaça de retirada do Vale-Cultura R$ 50 (mantido somente até 31/12/2016, quando expira o benefício)