PCS: regras da promoção por mérito serão as mesmas aplicadas em 2010

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A rodada de negociação permanente entre a Contraf/CUT, federações e sindicatos com a Caixa Econômica Federal, realizada no dia 28/6, em Brasília, definiu que para a promoção por mérito de 2011 serão utilizadas as mesmas regras aplicadas no ano passado. Serão mantidos os três critérios objetivos, com a mesma pontuação em cada um deles. A frequência valerá sete pontos; Trilha Fundamental da Universidade Caixa, dois pontos; e exame do PCMSO, um ponto.


Foi aperfeiçoada a avaliação da Trilha Fundamental. A pontuação será proporcional à progressão do empregado. Ao percorrer, por exemplo, 25% da Trilha, ele terá meio ponto. Se chegar a 50% terá um ponto. Quem atingir 90% já terá os dois pontos. Os 10 pontos correspondentes aos critérios objetivos equivalem a 60% da avaliação. Os 40% restantes são decorrência dos critérios subjetivos, que terão o mesmo formato da avaliação do ano passado, no âmbito das unidades, por suas respectivas equipes.


A Caixa manterá o comprometimento financeiro com a promoção por mérito em 1% da folha de pagamento. A empresa admitiu ainda a possibilidade de acatar a proposição das representações dos empregados e fechar já no segundo semestre deste ano as regras da promoção de 2012.

SAÚDE CAIXA – Foi acatada pela Caixa a proposta feita pelos representantes dos empregados no âmbito do GT Saúde, de suspensão da cobrança de dívidas oriundas do período de contingenciamento, para que os usuários possam conferir os valores e se manifestarem sobre a procedência ou não dos mesmos. O prazo para a manifestação será até o dia 21 de outubro. As cobranças serão retomadas em novembro. O parcelamento passou de 18 para 24 meses. O valor mínimo de cada parcela é de R$ 50,00.

EXTINÇÃO DAS ÁREAS DE COMPENSAÇÃO DE CHEQUES – Caixa apresentou alguns detalhes sobre a extinção dos setores de compensação de cheques, conforme compromisso assumido na última negociação. O prazo limite para que isso ocorra será o dia 30/9 deste ano. A área possui 105 compensadores. Todos serão absorvidos por agências de suas cidades, quando não por suas próprias unidades, sendo que 93 deles trabalham em horário noturno. A empresa informou que, por impedimento legal, eles não poderão incorporar o adicional.


Os representantes dos trabalhadores afirmaram que alguma medida reparadora deve ser tomada pela Caixa, pois alguns desses colegas recebem hoje valores expressivos há bastante tempo. A Caixa comprometeu-se a estudar medidas de redução do impacto financeiro provocado pela perda do adicional.

ESCALA DE TRABALHO – Caixa se dispôs a iniciar negociação acerca da escala de trabalho do pessoal do tele-marketing que por força de determinação do Banco Central, vem funcionando ininterruptamente, inclusive sábados e domingos. A Contraf/CUT ficou de apresentar proposta na próxima rodada de negociação. Foi também abordado o pagamento do pessoal da área de tecnologia, quando realiza horas extras em domingos ou feriados, pois a empresa remunera com adicional de 50%, quando o correto seria fazê-lo com adicional de 100%. A Caixa comprometeu-se a verificar porque isso ocorre e o tema será retomado na próxima rodada.

APOSENTADOS – Indagada sobre o retorno da cobrança aos aposentados das mesmas tarifas praticadas para os demais clientes, a Caixa justificou tratar-se de mero problema operacional. Para cumprir a exigência do Banco Central de transformar a conta dos aposentados em conta-salário, a marcação de tarifas especial teria deixado de acontecer. Segundo os representantes da empresa, a remarcação já foi providenciada e os valores cobrados a mais serão devolvidos. O representante dos aposentados na mesa de negociação, Décio de Carvalho, cobrou explicação também para a cobrança de IOF sobre a totalidade do empréstimo consignado quando da renovação do mesmo, sendo que o correto é cobrar o imposto sobre a diferença entre o saldo devedor e o total da operação. A Caixa informou que este procedimento também está sendo corrigido.

PONTO ELETRÔNICO – Foram abordadas as diversas questões tratadas no âmbito do GT Sipon, entre elas as horas negativas, desabilitação do relógio das máquinas, abertura de mais de uma máquina pelo mesmo empregado, horas negativas, dispensa do empregado com o compromisso de realização de hora extra posteriormente e fracionamento da jornada de 6h. A Caixa assegurou que a desabilitação do relógio foi de fato detectada e que estão sendo adotadas medidas para que seja coibida. Sobre as demais questões, a empresa disse que as soluções vão exigir mais tempo, podendo se estender até o final do ano. Os representantes dos empregados cobraram agilidade nas iniciativas.