PED revela: desemprego cresce, em comportamento típico para o período

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Pesquisa divulgada na quarta-feira, dia 27/4, pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Fortaleza (PED/RMF), em março, retratam a sazonalidade típica dos primeiros meses do ano, com redução do nível de ocupação e crescimento do desemprego.


A Pesquisa mostra que, em março, a taxa de desemprego total na região cresceu, ao passar de 8,6%, em fevereiro, para os atuais 9,3%, em comportamento típico para o período, dados os efeitos sazonais da economia. Este resultado foi decorrente da elevação de suas componentes: taxa de desemprego aberto (de 5,8% para 6,2%) e taxa de desemprego oculto (de 2,8% para 3,1%)


Segundo a PED/RMF, o contingente de desempregados foi estimado em 164 mil pessoas, 11 mil a mais do que no mês anterior, comportamento que pode ser compreendido pela eliminação de 23 mil postos de trabalho, atenuado pela saída de 12 mil pessoas da força de trabalho da região. Tais movimentos ocorrem tradicionalmente nos primeiros meses do ano.


CAIU NÍVEL DE OCUPAÇÃO – O nível de ocupação diminuiu na RMF (1,4%), seguindo trajetória de decréscimo pelo terceiro mês consecutivo, sendo o total de ocupados estimado em 1.598 mil pessoas, 23 mil a menos do que no mês anterior. Houve redução do número de ocupados em praticamente todos os setores de atividade econômica analisados, cuja exceção ficou por conta dos Serviços, que permaneceu relativamente estável (0,3%, ou geração de 2 mil postos de trabalho), no mês em análise.

COMPARANDO AO ANO PASSADO – Em relação a março do ano passado, o nível de ocupação aumentou 3,4%, crescimento inferior àqueles verificados nos últimos meses, nessa base de comparação. Ampliou-se o contingente de ocupados em quase todos os setores de atividade econômica considerados: Indústria (22 mil), Serviços (20 mil), Comércio (11 mil) e Construção Civil (1 mil). A exceção ficou por conta do agregado Outros Setores, que eliminou 2 mil postos de trabalho.


Houve um acréscimo de 73 mil postos de trabalho no assalariamento total na RMF, nos últimos doze meses, sendo 65 mil no setor privado e 8 mil, no setor público. Na iniciativa privada houve geração de 69 mil empregos com carteira assinada e eliminação de 4 mil sem carteira. Registrou-se, também, redução de ocupações entre os autônomos (13 mil), empregados domésticos (6 mil) e daqueles classificados nas demais posições (2 mil).