Para o coordenador da PED, Ediran Teixeira, o mercado de trabalho segue um comportamento sazonal de diminuição da produtividade no início do ano. A pesquisa mostra que as mulheres foram mais afetadas com o desemprego do que os homens. Já a comparação entre as idades demonstra que os jovens entre 18 e 24 anos continuam como a faixa etária mais prejudicada pelo desemprego, com taxa de 23,5%. José Ediran afirmou que a alta porcentagem se deve à baixa qualificação e a maior pressão que o jovem exerce sobre o mercado.
Em relação aos setores de atividade que mais reduziram postos de trabalho, a indústria e o comércio se destacam. Eles demitiram, respectivamente, sete mil e oito mil pessoas durante fevereiro, enquanto que a construção civil permaneceu com os 97 mil empregados. No entanto, com 666 mil trabalhadores, o setor de serviços continua sendo o que mais emprega apesar do resultado negativo de 0,9% no número de ocupados.
O analista de mercado do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), órgão também responsável pela pesquisa, Mardônio Costa, afirmou que os efeitos da crise econômica no Estado devem atrasar um pouco mais a tendência de baixa na taxa de desemprego este ano. “Acredito que só a partir do 2º semestre vamos ter uma conjuntura mais favorável no mercado de trabalho”, disse. No entanto, para o analista, os impactos da crise no Estado vão ser minimizados devido aos altos investimentos do Governo na área.