Uma pesquisa nacional feita pelo Ibope por encomenda do PSDB deixou desconsolado o alto comando da campanha de Geraldo Alckmin. Ouviram-se mais de 3.000 eleitores. O resultado é que Lula segue, inabalável, como franco favorito, acima dos 40%. Quanto a Alckmin, não demonstrou capacidade de reação. A despeito de todo o empenho que empreende para tornar-se mais “conhecido” do eleitor, permanece pouco abaixo dos 20%.
Em reunião realizada com a presença de Alckmin, lideranças do PSDB ouviram a análise de um especialista em leitura de sondagens eleitorais, o sociólogo Antonio Lavareda.
Trava-se nos subterrâneos do tucanato um debate acerca do timbre das manifestações públicas de Alckmin. O que se discute é se o candidato deve ou não subir o tom dos comentários que faz sobre o governo Lula. Prevalece, por ora, a ala que defende a priorização do discurso programático. Avalia-se que, em sua peregrinação pelo Nordeste, por exemplo, Alckmin ganha mais se disser o que pretende fazer para melhorar a vida de seus ouvintes, do que se desandar a desqualificar o adversário.
Não resta ao PSDB, avalia o comando da campanha, senão continuar expondo Alckmin nas áreas em que ele é desconhecido e trabalhar para compor em torno dele uma aliança partidária capaz de proporcionar-lhe um tempo de TV maior do que o de Lula. Daí o esforço para agregar ao consórcio tucano-pefelista pelo menos o PDT e o PPS.