Com mobilização e luta, os bancários estão recuperando o poder de compra dos seus salários nos últimos seis anos. O piso da categoria já acumula 17,8% de ganhos acima da inflação medida pelo INPC desde 2003. O dado é de estudo feito pela subseção do DIEESE, da Contraf-CUT, já considerando o ganho real de 1,5% previsto na proposta feita pela Fenaban em negociação com o Comando Nacional dos Bancários na quarta-feira, 7/10.
Segundo a pesquisa, os reajustes acumulados no piso de escriturário na Convenção Coletiva de Trabalho nacional da categoria de 2003 até agora somam 52,91%, enquanto a inflação do período pelo INPC ficou em 35,11%. Assim, o ganho real acumulado no período é de 17,8%. Já em relação ao ICV do Diesse, que somou 34,71% entre 2003 e 2009, o ganho acima da inflação foi de 18,2%.
Para os trabalhadores do Banco do Brasil, o ganho real do piso no período é ainda maior: 22,44%, considerando a inflação calculada pelo INPC. Foram 57,55% acumulados nos reajustes desde 2003, incluindo o ganho da proposta apresentada pelo BB ao Comando Nacional, que inclui uma valorização de 3% no piso além dos 6% da proposta da Fenaban. Se levarmos em conta a inflação calculada pelo ICV, o reajuste acima da inflação foi de 22,84%.
“Estes ganhos acima da inflação são consequência direta da estratégia de luta adotada pela categoria, através da campanha nacional unificada, que começou a ser implementada na prática em 2004”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “É a prova do acerto de nossas opções coletivas e da força de luta da categoria, cuja mobilização vem crescendo ano após ano”, acrescenta.