Plenária na Apeoc discute rumos do financiamento da educação e defesa da Petrobras

68


O Sindicato Apeoc realizou na quarta-feira, dia 22/7, uma grande plenária Em Defesa do Brasil, do Pré-Sal, da Educação e da Petrobrás. O objetivo foi discutir os rumos do financiamento da educação, assim como defender a Petrobras. O evento reuniu diversos representantes dos movimentos sindical e social, como CUT, CTB, UNE, UBES, UJS, Levante Popular da Juventude, entre outros.


“Hoje é um dia histórico. O Sindicato Apeoc, que é um dos participantes desse processo, uniu movimentos sociais e representantes sindicais em torno de uma bandeira: a defesa do pré-sal e da Petrobras, defendendo principalmente nosso patrimônio nacional. Há a possibilidade de R$ 274 bi dos recursos do pré-sal até 2024. Nossa ideia é articular toda a sociedade em geral para que o Brasil não saia perdendo nessa disputa política que está sendo colocada atualmente”, afirma o presidente da Apeoc, Anízio Melo.


O dirigente refere-se, principalmente, à tramitação no Congresso Nacional do PLS 131/2015, do senador José Serra (PSDB/SP), que altera o regime de exploração do pré-sal. Se o PLS for aprovado, o financiamento – para a educação pública, através dos royalties, e do Fundo Social do Pré-Sal, que chega a 75% – será contingenciado, ou até mesmo retirado, da área da Educação, colocando em risco o avanço do investimento nesta área.


Além de comprometer seriamente o aporte de novos recursos para o financiamento da Educação Pública brasileira, o PLS do senador Serra também objetiva desestabilizar uma das maiores empresas estatais do mundo, a Petrobras, tirando dela a gestão do investimento, da exploração e da distribuição dos poços de petróleo em águas brasileiras e favorecendo as grandes multinacionais petrolíferas internacionais.


“Nós queremos defender a Petrobras, garantir que o pré-sal seja colocado para o desenvolvimento do País, e essa sustentabilidade para nós é através da educação. Estamos tirando também uma agenda de luta para o mês de agosto para pressionar que o Congresso Nacional trabalhe em benefício do País. Já conseguimos barrar o regime de urgência do projeto através da nossa mobilização e agora, teremos 45 dias para debater o assunto com a sociedade e tirarmos de vez esse PLS de pauta”, argumenta Anízio. “Nós conquistamos os recursos dos royalties para a educação, o que era o mais difícil. E hoje, quando há a possibilidade concreta de garantir esse avanço, há esse projeto do senador Serra que rema contra a maré”, finaliza.