PRESIDENTE ANUNCIA PRIVATIZAÇÕES EM DIVERSAS ÁREAS DO BANCO

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O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em encontros com bancos de investimento, deu início ao processo privatista no banco, com o argumento de estar realizando apenas desinvestimentos e capitalização. O processo está sendo coordenado por André Laloni, consultor contratado, em alinhamento com o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar.


Desde a sua posse, Pedro Guimarães, fiel ao governo de Bolsonaro, vem reafirmando a estratégia de diminuir a atuação da Caixa, vendendo participações nas áreas de seguros, cartões, assets e loterias. Fatiando a empresa e privatizando-a em pedaços. Outra ação deste fatiamento é a oferta subsequente (“follow-on”) da resseguradora IRB. Na conta dos bancos, a Caixa pode girar pouco mais de R$ 30 bilhões em transações de mercado de capitais só este ano.


A mentira dita pelo presidente da Caixa no seu discurso de posse, de que o banco tem dívida de R$ 40 bilhões com a União, é possível de ser constatada pelo balanço de setembro de 2018, publicado pela própria instituição. Trata-se de um subterfúgio para fatiar a empresa estatal privatizando suas partes. A privatização desses setores irá fragilizar a Caixa e consequentemente tornará a empresa deficitária, comprometendo o seu futuro.


“As consequências do desmonte que estão querendo fazer na Caixa são desastrosas. Isso irá retirar recursos dos programas sociais, como MCMV, infraestrutura e principalmente da população de baixa renda, além de atingir todos os empregados. Precisamos reagir agora!”
Áureo Júnior, diretor do Sindicato e empregado da Caixa