PRESIDENTE DO BANCO QUER ABRIR AGÊNCIAS NO FIM DE SEMANA

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O presidente do Grupo Santander Brasil, Sérgio Rial, anunciou outro desrespeito aos trabalhadores do banco dia 20/3. Em vídeo enviado aos funcionários, ele disse, de forma autoritária e unilateral, que abrirá as agências durante o fim de semana para “educação financeira” da população, desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, pois o trabalho bancário é de segunda a sexta.


No vídeo, ele fala ainda sobre educação financeira familiar, dizendo que usará as agências do Santander como “centros de orientação financeira”. Segundo ele, esta seria uma colaboração do banco para ajudar no crescimento do país. Na verdade, a intenção é ter agência aberta para aumentar ainda mais os lucros enviados para a Espanha e o bonus dos executivos. O vídeo caiu como uma bomba nos locais de trabalho do Santander.


A proposta não foi negociada com os trabalhadores e que é mais um desrespeito da extensa lista de ataques promovidos pela gestão brasileira do banco. Na Espanha e em outros países desenvolvidos o banco espanhol cobra da população menos de 10% de juros ao ano, enquanto que no Brasil os juros de modalidades como cheque especial beiram os 400% ano.


O movimento sindical é contra essa proposta e lembra que é no Brasil que o Santander conquista a maior parte do seu lucro mundial, mas é aqui também que ele demite e precariza as condições de trabalho. Mais do que abrir agências no fim de semana, o banco poderia cumprir seu papel social, garantir o emprego dos trabalhadores e aumentar as contratações para atender com rapidez e dignidade a população durante a semana.


“Essa proposta é ilegal, pois ela desrespeita a Convenção Coletiva e a mesa de negociação entre os trabalhadores e a Fenaban, da qual o Santander é participante. Além disso, final de semana é para ficar com a família. Banco é para atender com qualidade e rapidez a população durante a semana. E para isso, o presidente do banco deveria contratar mais trabalhadores a fim de diminuir a pressão e a sobrecarga e atender melhor”
Clécio Morse, diretor do Sindicato e funcionário do Santander