Pressão do Itaú vai além das metas abusivas de vendas aos clientes

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É um ciclo vicioso no Itaú Unibanco. Primeiro os bancários são obrigados a ‘empurrar’ todo o tipo de produto aos correntistas. Depois, devem cobrar em caso de inadimplência. E se em um dos casos o funcionário não atingir a meta, a resposta é uma só: demissão. Essa é a realidade denunciada pelos sindicatos de todo o País.


“Há o PDD (Provisão para devedores duvidosos) e os gerentes e outros funcionários são obrigados a atingir as metas impostas para recuperação de crédito”, explica Carlos Damarindo, diretor executivo do Sindicato de São Paulo.


Segundo o dirigente, “não adianta só bater a meta. Está o caos nas agências. Faltam funcionários, sobram filas e demandas e ainda os trabalhadores são obrigados a vender produtos e recuperar crédito”.

Mais demissões – O Itaú Unibanco tem demitido até pessoas que retornam de afastamentos por motivo de doença. Há o caso de uma pessoa que saiu para se tratar de câncer e quando retornou foi demitida. Essa é a sensibilidade do banco que, inclusive, nem sequer tem programa de reabilitação.


Outra demissão teria ocorrido porque o gerente foi reprovado no exame de certificação profissional Anbid. O Itaú tem demonstrado um apetite voraz quando o assunto é demissão e assédio.