Pressão por metas derruba três gerentes gerais do Interior

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A pressão por metas abusivas no Banco do Brasil está causando uma onda de descomissionamentos no banco, especialmente no Interior. Semana passada foram três gerentes gerais do interior do Ceará a perderem suas comissões, segundo o BB, por “desempenho insatisfatório”, ou seja, não conseguiram cumprir as metas estipuladas pela Direção Geral.


No caso específico do descomissionamento dos gerentes, o acompanhamento é feito pelo superintendente regional do Cariri, senhor João Henrique.


“Os burocratas da Direção Geral Distribuição e Varejo, sem conhecer os municípios brasileiros, determinam às Superintendências a cobrar metas abusivas em cidades que vivem uma rea-lidade difícil e que precisam é de incentivo do Banco do Brasil”, afirmou o diretor do Sindicato dos Bancários, Bosco Mota.


Recentemente, a Tribuna Bancária denunciou a cobrança de metas abusivas pelo BB, quando um gerente foi descomissionado pelos mesmos motivos dos três colegas citados acima e que, desiludido, foi forçado a pedir a aposentadoria.


O Sindicato vem registrando aumento no número de reclamações e denúncias sobre cobranças das metas, o que torna preocupante a situação dos colegas que trabalham, principalmente, em cidade com população de pouco poder aquisitivo.

PIRÂMIDE DA PRESSÃO – A política do BB consiste na chamada pirâmide da pressão: a direção exige a superação de metas das superintendências, que exigem dos gerentes das agências, que por sua vez cobram dos demais funcionários. Essa política de metas abusivas traz transtornos também à saúde dos funcionários, pois já há denúncias de trabalhadores com sérios problemas de insônia, pânico, alcoolismo e distúrbios mentais, além do grande uso de medicamentos por parte dos funcionários.