A diretoria da Previ apresentou, no dia 31/3, o Relatório Anual de 2009 do Fundo de pensão dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e mostrou que o Fundo aponta para uma rentabilidade de 28,25% no Plano 1 e de 27,16% no Previ Futuro – quase três vezes a meta atuarial de 10,10%. Com isso, o patrimônio da Previ eleva-se a R$ 142,7 bilhões e o superávit do Plano 1 atinge R$ 44,2 bilhões. Os números foram mostrados pelo diretor de Administração da Previ Francisco Alexandre e o gerente de Análise Técnica, André Tapajós, na sede da Superintendência do BB, em Fortaleza.
Sobre o Previ Futuro, os representantes da Previ esclareceram que, por ser de contribuição definida, não tem superávit, uma vez que os resultados dos investimentos são depositados automaticamente na reserva matemática de cada participante.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e aposentado do Banco do Brasil, Plauto Macedo, destacou a importância da apresentação para a transparência da Previ. “É sempre importante que os associados saibam como a Previ é gerida”, lembrando que à frente da Administração do Fundo, existem bancários representando a categoria.
O maior questionamento dos participantes, em debate após a apresentação do Relatório de 2009 da Previ, girou em tornou do que fazer com o superávit de R$ 44,2 bilhões do Plano 1, de cujo montante R$ 18,247 bilhões estão contabilizados como reserva de contingência e R$ 25,955 bilhões em reserva para revisão do plano. Os participantes querem saber o qual a utilização do superávit
O diretor de Administração, Francisco Alexandre, lembrou que há questionamentos entre as lideranças sindicais e os representantes do BB, desde que o Conselho Gestor da Previdência Complementar (CGPC) baixou em 2008 a Resolução 26, estabelecendo que o montante excedente deve ser distribuído igualmente entre participantes e patrocinador.
Questionado por participantes sobre a saída de dinheiro da Previ para o Banco do Brasil, ele afirmou – “é preciso deixar claro que o banco não tirou um único centavo da Previ”, disse o diretor eleito da Previ.
Na ocasião, o diretor eleito Francisco Alexandre enfatizou que a Contraf-CUT, os sindicatos e os dirigentes eleitos da Previ contestam a Resolução 26, por entenderem que o superávit é do plano de previdência, é da Previ, e deve, portanto, ser usado para melhorar os benefícios dos participantes.
